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Destaque
Postado por
Claudio Carvalho
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Álbum: Declaração de Guerra
Artista: MV Bill - "Alex Pereira Barbosa"
Ano: 2002
Gravadora: Natasha Records BMG
Informação
- Player com as músicas do disco está disponível logo após as faixas.
- Álbum não possui ficha técnica.
Curiosidades
- Este álbum foi o ganhador do Prêmio Hutúz na categoria Melhores Álbuns da Década no ano de 2009.
Faixas
1) Soldado morto
(MV Bill)
Letra
Soldado morto
Aqui estou eu jogado no chão A nova atração que atrai a multidão O chão tá quente queimando meu peito Alguém passa a mão na minha cabeça do lado direito Enxuga a lágrima que corre no meu rosto Caí de olho aberto, vendo tudo fosco Alguém comenta que olho aberto é vingança Aqui eu era um sábio na terra da ignorância Ouço gritos, carros, buzina Vieram ver o bucha deitado aqui na esquina Decepção pro meu pivete Ver seu pai morrer aos 17 Muita adrenalina em nome de nada Meu sangue tá no chão por causa de prosa errada A minha marra foi lavada de vermelho O matador não percebe que atirou no próprio espelho É só pra isso que a gente tem valor Achar que matou o cara certo que é da sua cor Guerrilha burra, ignorância cometida Por causa de inveja, drogas ou intriga Quando parecer que a comunidade vai ficar tranquila Alguém compra meu barulho e invade com outra quadrilha Mais uma mãe que chora Mais um filho que vai Mais um g3 que canta Mais um amigo que trai Eu só queria viver Eu só queria sonhar Condicionado a trair e a decepcionar Conheço essa mão alisando meu queixo É da minha velha que não aguenta e me dá um beijo Mexe a cabeça de forma negativa Parece não acreditar que tiraram minha vida Segura minha mão e olha pro alto Enquanto o meu sangue se mistura com o asfalto Várias mulheres com o choro recolhido Minha mina descobre que não era a única a dormir comigo Pra alguns alívio Pra outros, tristeza Não é o fim da guerra, essa é a única certeza Ritmo febroso A paz não existe Mas um doido cai, outra família triste É assim, guerra sem fim Se arrepender tarde demais como tá sendo pra mim Sem os amigos Sem a família Homem não chora, grande mentira Minha disposição no meu mundo surreal Não foi suficiente pra eu virar capa de jornal E nem destaque no jornal nacional Muito mau, marginal, coisa e tal, problema social Pra destruição o cenário perfeito Drogas, armas na mira de um jovem preto Sem respeito, sem dinheiro, sem cyclone Sem nike, sem vida, sem fé, sem nome Nota 10 pra falta de atitude Nota 0 pro futuro da juventude Não tava pronto pra morrer, mas pronto pra matar Há muito tempo eu não fazia minha mãe chorar Eu só queria viver Eu só queria sonhar Depois que o bonde acelera é difícil frear Um sorriso entristeceu, um coração não bateu E o pior é saber que o culpado disso tudo sou eu Queria o certo no lugar do errado Observando a minha vida descer pelo ralo As coisas que eu via acontecendo com alguém Agora eu percebo que acontece comigo também A vida passa pela cabeça como se fosse um filme Nesse momento é notável que eu não era firme Cadê a sorte, na garagem um scort Vagabundo dá o bote De chinelo, sem camisa e short Desamor, dinheiro, notório Mulher gostosa e um reinado ilusório 762 na quadrilha daqui, m16 na quadrilha de lá Moleque bom ambicioso que nem eu Coincidência é o desejo e a obrigação de matar Fato estarrecedor Os inimigos são pobres e da mesma cor (vai vendo) Enquanto a nossa carne é sublinhada por terra Alguém mais poderoso se diverte com a nossa guerra De cada dia, que assusta a tia Sem pó de antrax e investigação da cia. Quem é esse louco com essa arma na mão Que tem como inimigo um cara que parece seu irmão De olho grande, traidor atrás de fama Camuflado como amigo, me tratando na escama Historia conhecida, final sem graça Destaque na praça, caroçada na carcaça Não, pra mim não tem mais solução Nunca senti o chão tão perto do meu coração Meu deus, quanta gente em volta do meu corpo Vieram ver o soldado que foi morto Um lençol azul vai tirando minha visão Sinto minha coroa ir largando minha mão Não sabia que eu era tão querido assim A ponto de fazer várias pessoas chorarem por mim O fim, já chegou e eu nem me liguei Se fazia diferença Mas agora eu sei Só não tenho condições de mudar Há muito tempo eu não fazia minha mãe chorar. Eu só queria viver Eu só queria sonhar A sedução me levou e me fez naufragarMV Bill
2) Emiví
(MV Bill)
Letra
Emiví
E ai choque, MV Bill está em casa EMIVI Liberdade, respeito, lealdade, justiça e união Vai na fé O Pesadelo da elite ta de volta, não morri No caminho verminoso só Deus sabe o que senti Falo do que eu sei Digo o que eu li Mantendo a coerência Não exponho o que não vi Quando a chapa esquentou Você notou que eu não corri Anunciaram seu veneno na tv mas não bebi Diferente do preto que não quer se assumir A esse tipo de lavagem cerebral sobrevivi No meio de uma guerra Foi onde eu nasci O berço da exclusão foi onde eu cresci Não me intimidei Foi preciso resistir Faço parte do quilombo comandado por Zumbi De lá pra cá ou daqui pra li Enquanto você chora quem controla o poder sorri Vou guerrear pra não deixar me destruir É por essas e por outras que eu sou EMIVI Faça um despacho pra mim Depois faça uma oração pra mim EMIVI Chame um camburão pra mim Depois chame uma ambulância pra mim EMIVI Mande um sorriso pra mim Depois você chore por mim EMIVI Bata muita palma pra mim Depois mande muita vaia pra mim Frustrações no passado eu senti Investigações no presente eu sofri E descobri que na pista é cada um por si É preciso ter contesto pra não cair O meu orgulho e meu respeito eu não achei por ai Pra deixar filhinho de papai me inibir Nem rir quando for avaliar o meu Q.I Vai ver que tenho veneno pra jogar e ele engolir Chega ai se quiser conferir Vai descobrir que na escada africana um degrau eu subi Submissão eu vi, vacilação ouvi Deu destaque no jornal não sei se mereci Minha fé não deixou diminuir Meu interesse de lutar e melhorar pra quem vive aqui Tenho uma grande missão para cumprir É por essas e por outras que eu sou EMIVI Tenha muito ódio de mim Depois tenha amor por mim EMIVI Fale coisa boa de mim Depois fale mal de mim EMIVI Peça liberdade pra mim Depois peça uma cadeia pra mim EMIVI Mande uma africana pra mim Depois mande uma nazista pra mim Nas favelas da vida eu aprendi Que pra ser palhaço de ninguém eu não nasci Pensamentos negativos Com coragem defendi Não me submeti Não cedi Não morri Não me omiti Ensinamento da minha mãe assimilei Ser humilde e não humilhado nunca mas esquecerei Com a proteção no caminho que vou seguir Mensageiro da verdade sem deixar me sucumbir Odiado e amado pelo que eu promovi Mais respeito pelo o povo da favela eu exigi As mentiras dos livros da escola eu descobri É por essas e por outras que eu sou EMIVI Mande um sorriso pra mim Depois você chore por mim EMIVI Bata muita palma pra mim Depois mande vaia pra mim EMIVI Peça liberdade pra mim Depois peça uma cadeia pra mim EMIVI Mande uma africana pra mim Depois mande uma nazista pra mim EMIVIMV Bill
3) Só Deus pode me julgar
(MV Bill)
Letra
Só Deus pode me julgar
Vai ser preciso muito mais pra me fazer recuar Minha autoestima não é fácil de abaixar Olhos abertos fixados no céu Perguntando a Deus qual será o meu papel Fechar a boca e não expor meus pensamentos Com receio que eles possam causar constrangimentos Será que é isso? Não cumprir compromisso Abaixar a cabeça e se manter omisso A hipocrisia, a demagogia se entregue à orgia Sem ideologia, a maioria fala de amor no singular Se eu falo de amor é de uma forma impopular Quem não tem amor pelo povo brasileiro Não me representa aqui nem no estrangeiro Uma das piores distribuições de renda Antes de morrer, talvez você entenda Confesso para ti que é difícil de entender No país do carnaval o povo nem tem o que comer Ser artista, pop star, pra mim é pouco Não sou nada disso, sou apenas mais um louco Clamando por justiça, igualdade racial Preto, pobre é parecido mas não é igual É natural o que fazem no senado Quem engana o povo simplesmente renuncia o cargo Não é cassado, abre mão do seu mandato Nas próximas eleições bota a cara como candidato Povo sem memória, caso esquecido Não foi assim comigo, fiquei como bandido Se quiser reclamar de mim, que reclame Mas fale das novelas e dos filmes do Van Damme Que teve no Brasil, no programa do Gugu Rebolou, vacilou, agachou e mostrou Volta pra América e avisa pra Madonna Que aqui não tem censura, meu pais é uma zona Não tem dono, não tem dona, nosso povo tá em coma Erga sua cabeça que a verdade vem à tona É! Mantenho minha cabeça em pé! Fale o que quiser. Pode vir que já é! Junto com a ralé, sem dar marcha ré! Só Deus pode me julgar, por isso eu vou na fé! Soldado da guerra a favor da justiça Igualdade por aqui é coisa fictícia Você ri da minha roupa, ri do meu cabelo Mas tenta me imitar se olhando no espelho Preconceito sem conceito que apodrece a nação Filhos do descaso mesmo pós-abolição Mais de 500 anos de angústia e sofrimentos Me acorrentaram, mas não meus pensamentos Me fale quem... Quem!? Tem o poder... Quem!? Pra condenar... Quem!? Pra censurar... Alguém!? Então me diga o que causa mais estragos 100 Gramas de maconha ou um maço de cigarros? O povo rebelado ou polícia na favela? A música do Bill ou a próxima novela? Na tela, sequela, no poder corrupção Entramos pela porta de serviço Nossa grana não Tá bom... Só pra quem manda bater Pisando nos humildes e fazendo nosso ódio crescer (CV) MST, CUT, UNE, CUFA (PCC) O mundo se organiza, cada um a sua maneira Continuam ironizando Vendo como brincadeira, besteira Coisa de moleque revoltado Ninguém mais quer ser boneco Ninguém quer ser controlado Vigiado, programado, calado, ameaçado Se for filho de bacana, o caso é abafado A gente é que é caçado, tratados como réu As armas que eu uso é microfone, caneta e papel A socialite assiste a tudo calada Salve! Salve! Salve! Oh! Pátria amada, mãe gentil Poderosos do Brasil Que distribuem para as crianças cocaína e fuzil Me calar, me censurar porque não pode fala nada É como se fosse o rabo sujo falando da bunda mal lavada Sem investimento, no esquecimento, explode o pensamento Mais um homem violento Que pega no canhão e age inconsequente Eu pego o microfone com discurso contundente Que te assusta. Uma atitude brusca Dignificando e brigando por uma vida justa Fui transformado no bandido do milênio O sensacionalismo por aqui merece um prêmio Eu tava armado mas não sou da sua laia Quem é mais bandido? Beira-Mar ou Sérgio Naya? Quem será que irá responder Governador, senador, prefeito, ministro ou você? Que é caçado e sempre paga o pato Erga sua cabeça para não ser decepado É! Mantenho minha cabeça em pé! Fale o que quiser. Pode vir que já é! Junto com a ralé, sem dar marcha ré! Só Deus pode me julgar, por isso eu vou na fé! Como pode ser tragédia a morte de um artista E a morte de milhões, apenas uma estatística? Fato realista de dentro do Brasil Você que chorava lá no gueto ninguém te viu Sem fantasiar, realidade dói Segregação, menosprezo é o que destrói A maioria é esquecida no barraco Que ainda é algemado, extorquido e assassinado Não é moda, quem pensa incomoda Não morre pela droga, não vira massa de manobra Não me idolatra, mauricinho da TV. Não deixa se envolver Porque tem proceder. Pra quê? Por quê? Só tem paquita loira. Aqui não tem preta como apresentadora Novela de escravo, a emissora gosta. Mostra os pretos Chibatados pelas costas Faz confusão na cabeça de um moleque que não gosta de escola E admira uma intratec. Click-clack, mão na cabeça Quando for roubar dinheiro público Vê se não esqueça Que na sua conta tem a honra de um homem envergonhado Ao ter que ver sua família passando fome Ordem e progresso e perdão Na terra onde quem rouba muito não tem punição É! Mantenho minha cabeça em pé! Fale o que quiser. Pode vir que já é! Junto com a ralé, sem dar marcha ré! Só Deus pode me julgar, por isso eu vou na fé!MV Bill
4) Cidadão comum refém - Part. Charlie Brown Jr
(MV Bill)
Letra
Cidadão Comum Refém
Não somos poucos e somos muitos loucos Guerreiro é guerreiro de noite e de dia MV Bill, Charlie Brown Jr. Conexão Rio-Santos Mexeu com a família, agora se vira Segura a sequência, segue a quadrilha MV Bill: Toda vez é a mesma história, criança correndo Mãe chorando, chapa quente Tiro pra todo lado, silêncio na praça Um corpo de um inocente Chega a maldita polícia, chega a polícia e o medo é geral Armado, fardado, carteira assinada Com ódio na cara, pronto para o mau Mais um preto que morre, ninguém me socorre A comunidade na cena, a arma dispara O pânico aumenta, parece até cinema, não é, é real As armas não são de brinquedo Quando a polícia invade a favela espalha terror e medo É gente da gente que não nos entende e usam de violência Um corpo estendido no chão, ao lado de uma poça de sangue Consequência do despreparo daqueles que eram pra dar segurança Que ganham aumento por bravura quando tudo termina em matança Refém do medo, guerreiro do inferno, guiado por Jesus Na escuridão tentando, buscando, achar uma luz E por falar, fazendo uma curva, uma viatura Vou ter que dar uma parada porque agora vou ter que levar uma dura Como sempre acontece, tapa no saco, me chamam de preto abusado Documento na mão, vinte minutos depois eu tô liberado É complicado ser revistado por um mulato fardado Que acha que o preto favelado é o retrato falado Sempre foi assim (sim), covardia até o fim (sim) A porrada que bate na cara não dói no playboy burguês, só dói em mim Programado pra matar (pá-pá) Atira e depois vai perguntar se ele trabalhava ou se traficava Só sei que deitado no chão ele tá E gera a revolta na cabeça da comunidade Que é marginalizada pela sociedade Que se cala escondida no seu condomínio Na favela ainda impera a lei do genocídio Noventa por cento da população não anda de arma na mão Não confia na proteção vindo de camburão Vê fuzil na mão, fica deitado no chão Quando o ódio dominar não vai sobrar ninguém O mal que você faz reflete em mim também Respeito é pra quem tem, pra quem tem Quando o ódio dominar não vai sobrar ninguém O mal que você faz reflete em mim também Respeito é pra quem tem, pra quem tem Chorão: Autoridade vem e invade sem critério nenhum Som na sirene, cheiro de morte, derrubaram mais um Na frente do filho eles quebraram o pai O Zé Povinho fardado vem, entra, mata e sai Sem ser julgado, corrompido, alienado Revoltado, fracassado vai pintando esse quadro O quadro do filme da sua vida O quadro de vidas e vidas da maioria esquecida Decorrente do descaso e da corrupção Moleque cresceu, não tinha emprego, então virou ladrão Menor bolado por aqui tem de montão Morre um, nasce um monte com maior disposição Do pensamento de todos aqueles que as leis das favelas são fiéis A revolta te consome da cabeça aos pés Do pensamento de todos aqueles que as leis das favelas são fiéis A revolta te consome da cabeça aos pés É a falta de perspectiva Sem a possibilidade de escolher o que é melhor pra sua vida E que gera a revolta na cabeça da comunidade Que é marginalizada pela sociedade Que se cala escondida no seu condomínio Na favela ainda impera a lei do genocídio Sua dura vida lhe ensinou a caminhar com as próprias pernas Resta agora você se livrar do mal que te corrói e te destrói Porque o crime não é o creme, bota a cara, Mister M Qualé, mané, o que que há? Vacilou, virou Mun-ha Qualé, mané, o que que há? Vacilou, virou Mun-ha Quando o ódio dominar não vai sobrar ninguém O mal que você faz reflete em mim também Respeito é pra quem tem, pra quem tem Quando o ódio dominar não vai sobrar ninguém O mal que você faz reflete em mim também Respeito é pra quem tem, pra quem tem MV Bill: Não é somente favela que é condenada a viver a luz de vela Tática de guerra, tiro, lama e terra Capitão do mato, seco pra atirar e não erra Depois que descobre que o cara deitado no chão era inocente Revolta na mente, favela que sente Ódio que toma conta de muita gente Todo mundo pra rua querendo botar fogo no pneu Querem se manisfestar, porque alguém morreu Só a mãe que vai chorar, sabe o que perdeu Tem rua fechada, carro parado, camisa na cara, piloto assustado Relógio roubado, busão tá quebrado, neguinho bolado, caminhão saqueado Batalhão de choque de porrete na mão Tiro pro alto para assustar a multidão Tira o pino da granada de efeito moral Nessa hora todo mundo apanha igual marginal E chega o BOPE de preto botando geral pra correr Sai voando se não quer morrer, se pegar te esculacha Bomba de gás, bala de borracha A manifestação que era para ser contra a violência Deixa mais ferido como consequência Bota a molecada para casa, tira a barricada Pista liberada, não acontece nada, multidão se cala, um já foi pra vala Tudo o que acontece na favela não abala a ninguém Pedir ajuda a quem, veja o que tem, o povo tá sem, somos do bem Faltando alguém, só resta o choro e lamento da família e dos amigos Que perderam um ente querido procura a Deus e diga amém De boca fechada para o seu próprio bem Teve um menor de camisa na cara Que deu uma pedrada no guarda que tava baixando a porrada E quem não aceitava que aquilo rolava, o morro chorava Mais um episódio que não deu em nada Só mais uma confusão e gente machucada Favela ocupada, medo dominando Quem é trabalhador que fica em segundo plano Seguem matando, o povo enterrando Imposto pagando, desacreditando Justiça clamando, por Deus implorando Por almas orando, com a vida jogando Chorão: Favela ocupada por uma semana Vivendo em clima de tensão Quem tenta esquecer não consegue se lembrar Quando vê o sangue no chão A comunidade ainda assustada Aos poucos retorna ao seu dia-a-dia A lágrima seca e a mente prepara O corpo para a próxima covardia Quando o ódio dominar não vai sobrar ninguém O mal que você faz reflete em mim também Respeito é pra quem tem, pra quem tem Quando o ódio dominar não vai sobrar ninguém O mal que você faz reflete em mim também Respeito é pra quem tem, pra quem temMV Bill
5) Camisa de força
(MV Bill)
Letra
Camisa de força
Direto do hospício que chamam de favela Aqui mais um maluco que não acredita em novela Se a vida é bela na tela tudo bem, Quem é louco como eu veste camisa de força também. Minha loucura é simples de ser compreendida. Me transformaram em canibal, em preto suicida Inconformado mensageiro da verdade Vendo o povo agonizado às margens da sociedade Que massacra, destrói, humilha, Transforma seu filho em ladrão E prostitui sua filha. Te escraviza, te humilha, te mata Enquanto o verdadeiro ladrão usa terno e gravata, Não manuseia fuzil, nem escopeta Mata milhões de brasileiros só com uma caneta Fica impune e não vai preso, Ele não é pobre, não é preto Se for condenado fica em cela separada Com televisão, frigobar e água gelada Criminoso com nível superior, financia a guerra, ódio, o rancor A burguesia faz questão de não entender, Disca 190 e manda os homem me prender O sociólogo me ouve e fica puto, Diz que esse bagulho de RAP é coisa de maluco Analfabeto, ignorante sem cultura Diz que quem é sábio com favelado nunca se mistura Quem diria, que sabedoria, Estudou em outro país e agora tem pavor da maioria MV Bill um maluco chapa quente Que não aceita as covardia assim tão facilmente, Eu to ligado que a elite me odeia, Me chama de bandido e diz que mulher preta é feia Eu na cadeia sentiriam até pena, Menos um problema MV está fora de cena, O pesadelo que elite não que ter, Bater de frente com alguém da CDD Trema na base quando vê o Bill, Chama a polícia quando vê o Bill, Aquele preto com o corpo tatuado Denunciando a pobreza e a miséria no Brasil Tem muita coisa na TV que eu não curto Só mais um maluco Só mais um maluco Tem muita coisa no rádio que eu nem escuto Só mais maluco Só mais um maluco Eu nasci assim, por isso eu nunca mudo Só mais maluco Só mais um maluco E com vidinha de artista, não me iludo Só mais um maluco Só mais um maluco Manda os homem, me prender me deixa puto Só mais um maluco Só mais um maluco Na hora de falar, eu nunca fico mudo Só mais um maluco Só mais um maluco Na minha cabeça eu descobri tem um distúrbio Só mais um maluco Só mais um maluco Lá na favela Dona Rosa, tá de luto Só mais um maluco Só mais um maluco A madame se assustou, a favela me deu dez Quando eu entrei sem camisa de pistola no Free Jazz Pra quem dúvida ainda tem muito mais, Eu faço apologia não do crime e sim do paz Roupa branca sem pensar na maioria, Pedir paz sem justiça é utopia A guerra me parece inevitável Pra quem vive na posição desfavorável Sufocada, amontoada aqui no morro Se a população se revoltar Não grite por socorro É o armamento o povo que se formar Veja seu descaso e arrogância no que vai parar Pode esnobar quem vive de baixa renda, Quando o sangue bater em sua porta espero que você entenda E descubra que ser preto e pobre é foda Sociedade hipócrita só lembra de ser brasileiro na copa Fora de moda em cima do toque africano, desobediente, Troque o pente enquanto vou falando, Militando, declamando, rimando, versando, brigando, Gritando, morrendo e a mesmo tempo matando Meu país cadê sua raiz, aqui o povo que não luta è chamado de feliz E segue a risca os padrões da burguesia. A mesma que assimila a dança com pornográfica Influência minha sobrinha e sua tia, Na frente do espelho imitando a coreografia, Incentivando a brutal pedofilia, Eu creio em Deus pai todo poderoso o único que me guia, Se for pra ser feliz assim, serei maluco até o fim E se uma guerra amanhã estourar, sei qual o lado eu vou estar. È muito confuso, é muito sinistro quem causa a miséria aqui Jura ter amor a cristo e com seu ar superior Não tem respeito pelo gay, pelo idoso, pelo pobre e pelo preto. Trema na base quando ver o bill Chama a polícia quando ver o bill. Aquele preto com o corpo tatuado Denunciando a pobreza e a miséria do Brasil Tem muita coisa na TV que eu não curto Só mais um maluco Só mais um maluco Tem muita coisa no rádio que eu nem escuto Só mais maluco Só mais um maluco Eu nasci assim, por isso eu nunca mudo Só mais maluco Só mais um maluco E com vidinha de artista, não me iludo Só mais um maluco Só mais um maluco Manda os homem, me prender me deixa puto Só mais um maluco Só mais um maluco Na hora de falar, eu nunca fico mudo Só mais um maluco Só mais um maluco Na minha cabeça eu descobri tem um distúrbio Só mais um maluco Só mais um maluco Lá na favela Dona Rosa, tá de luto Só mais um maluco Só mais um malucoMV Bill
6) Só se for "D" - Part. Kmilla CDD e Nega Gizza
(MV Bill)
Letra
Só se for "d"
[Refrão: Coral] Quem não tem dinheiro nunca vai pertencer A classe A, B, C, só se for D (4X) [Kamilla CCD] Só por causa do dinheiro muita gente morre Agoniza, se debate, mas ninguém socorre É prova que muitos querem, poucos tem Por ele é possível roubar alguém, sem olhar a quem, vem, vem, vem Diga que o dinheiro quer dizer Ignorância, arrogância, miséria, riqueza ou poder A prova disso é que todo mundo quer Ignora a sua cor e compra sua fé, pois é Alimenta o matador de aluguel Que acredita que mandar o ser humana par ao céu Corrompe o coração do revolucionário Enriquece o ódio do sequestro milionário Ai, quem tem mais quer mais, quem não tem quer ter Vive a mercê de certo poder Classe média baixa, classe média alta Pouco tem demais e muitos tem em falta Quem não tem dinheiro nunca vai pertencer A classe A, B, C, só se for D [MV Bill] Obsessão, filha da p..., que leva irmão a roubar de irmão Vive na penúria, causa injúria, quero dinheiro na mão Sem ele no bolso vão ter que enfrentar minha gana Sub-humano que vive esse drama Vida mansa, vida dura Vou buscar de nove na cintura Quero o tênis que eu vi na vitrine Quem condena meu ato abomine Consumista do crime Quero uma moto, quero uma mina Cordão de ouro no peito parece que não tem dinheiro É defeito, sem respeito Mulher de nariz empinado esconde a bolsa quando me vê Melhor se esconder, finge que não, tem medo do feio pra não se envolver Quem é classe A só pisa em você, quem é classe B só pensa em poder Quem é classe C vai descer, querer pisar na D, só se fuder, vive de que? Se dividido em classes sociais, quem retém a riqueza quer mais Não fazem o bem mais querem a paz, na frente a ganância, justiça atrás Quem ta por cima não tem compaixão Joga osso para o mundo cão E ainda querem falar de igualdade Se a miséria é imposta a classe Menos favorecida que paga com a vida Sem alternativa, vivendo em beco sem saída Quem não tem dinheiro nunca vai pertencer A classe A, B, C, só se for D [Nega Giza] Dinheiro, poder Por falta de dinheiro eu vejo gente sem comer Pra tirar, pra tirar, pra matar, pra matar Quem deixa a riqueza toda pro lado de lá Vou pagar tudo que devo com munição Não peça pra ter pena nem compaixão Quem tem pé no chão não quer ser humilhado A voz é de quem teve o orgulho roubado Por isso eu boto a cara, também quero bater Não sou da classe B, só se for D Eu vou tentar me levantar Guerrilhando contra quem é da classe A Quem não tem dinheiro nunca vai pertencer A classe A, B, C, só se for DMV Bill
7) Dizem que sou louco
(MV Bill)
Letra
Dizem que Sou Louco
Dizem que sou louco Ra-tá-tá Pipoco Meu sistema é outro Bem solto não morto A vida perigosa Vivida de perto Destacado do errado e fechado com o certo Caminhando com Deus por isso eu sigo na fé Se não é mais um mané pode vim que já é Na fé, Filho de Cristina Pereira Barbosa Que fica orgulhosa quando vê o filho dela falando sobre a favela que ela me criou Incompreendido confundido com bandido Meu Deus que perigo Inimigo da burguesia que vicia o pobre se sentir um bosta Com a pistola nas costas Liberdade presa na grade Saudade Quem sabe, sabe e mora na favela E não dá mole Mastiga mas não engole No corre - corre Quem desce ? Quem sobe? Quem foge? Do Pit Bull que late, mas não morte Eles dizem que sou louco A guerra é grande que o vicio ainda é pouco Vai vendo Desenrolo o que tiver que resolver Ponho em prática a tática que aprendi para viver nego que xingar quer me sufocar que me massacrar que me abafar vou caminhando no tempo Sem lenço sem documento Marrento nojento formoso Caminhando contra o vento Impressão de playboy de momento Quem fica pra trás eu lamento Vai chorar, se a tela não se posicionar Nar, a chapa vai esquentar Tar, se desesperar Rar, meu caminho É composto por espinho Que envenena o ninho E deixa a vida em desalinho Tem que ser forte contar com a sorte Pra não bater de frente e levar um corte Sou louco sou preto maluco Revelado mal encarado Venerado amado e odiado (e acho que é tao normal) Eu sou produto do Gueto Cara pintada de preto Moral no morro é respeito Nenhum preto é suspeito Me pré-julgar não aceito X-9 não tem conceito Caminho difícil é estreito Foi sem sucesso no peito Vai vendo Alguma coisa está fora da hora Duvida de nós enquanto, podem Mandam matar depois fogem Não confio em ninguém nem em mim O mensageiro da mentira Que maldade te inspira Por isso pega o bico e atira e mata Deixa jogado na vala Homem canalha na vala E a sessão da tarde outra vez se repete Meu povo marionete A tudo se submete Sem ter acesso a internet O deputado promete E mete mete no povo No povo mete me remete Ao mundo cruel Sem passagem para o céu Enxergado como réu Guerriando bem ao léu A munição não acaba recuar que nada Não vou dar minha cara pro senhor da tapa Um bandido contra lá corrupcion Armado com los hermanos, para revolucion Decendente Africano, com sangue Brasileiro Vigilado e criticado como grane riguero É fácil me repudiar me difamar e desabar O mundo inteiro contra mim Por eu ter um gosto assim Não gostar de quem não gosta de mimMV Bill
8) Mina de fé
(MV Bill)
Letra
Mina de Fé
Sei que errei, mas quem nunca errou Meu tempo de zoeira, festinha, já passou Acabou Me dê uma chance pra eu mostrar que é possível resgatar,perdoar e poder voltar Na minha vida Sempre um beco sem saída Não quero voltar pra rotina bandida A sua confiança em mim já chegou ao fim É tipo assim Se você não ta afim Eu quero, espero um futuro contigo Longe do fuzil Do crime e do gatilho Um filho com você É tudo que eu espero Voltar pro bicho É tudo que eu não quero É sério, sei lá, se você me abandonar Vou voltar a fumar Delinqüir Mi sujar A surtar A beber Mi envolver com tudo que não presta Seu apoio é tudo que me resta Ela é a mina de fé ... Aprendi te valorizar, mina de fé Que atura minhas loucuras sendo muito mulher Até na fé em momentos ruins Não se afasta de mim Fechando junto até o fim Eu vou fugir Mi afastar da dor Se não eu vou perder muita coisa de valor Não posso me esquecer que você me tirou da guerra Quem sabe agora Eu estaria embaixo da terra A vida é uma caixa de surpresa Não quero ser inútil como um gole de cerveja Não é isso que minha mina merece Eu sou sujeito homem Não sou mais moleque Foi preciso perder, pra compreender Que noitada não leva a nada Vou aprender A viver Entender e reconhecer A preta de verdade que não deixa a lágrima correr Da boca pra fora deseja que eu morra Toda vez que eu te chamo de minha cachorra Normalidade entre homem e mulher Quando a gente briga você diz que não me quer Pois é, na vida você é minha parceira Pois é, na guerra você é minha guerreira Mercenária é o que mais tem Se eu não tiver de carro não sou ninguém Não me deslumbro Não perco minha linha Eu vejo Lúcifer de sutiã e calcinha Querendo dar o bote vestido de mulher E me separar da minha mina de fé Que fecha comigo na tristeza e na alegria Participativa do meu dia a dia Não perco mais o meu compromisso E vou provar que sou maior que tudo issoMV Bill
9) Loira gelada - 3 da madrugada
(MV Bill)
Letra
L. gelada - 3 da madrugada
Um Você pega no dinheiro Geralmente vai você e mais um parceiro Em qualquer lugar se vende Nas comunidades tem vários pontos de vendas, você entende Dois Fim de semana tem que aguardar Grande movimentação de gente querendo comprar Pra distrair e liberar os pensamentos Viajar nas idéias e fluir os sentimentos Chegou a sua vez de comprar Muita ansiedade pra pagar, pegar e viajar Sem pensar no depois O veneno ta na mão, você abre e divide pra dois Três Sua fala amolece De algo se esquece, Se livra do estresse Satisfação momentânea terá Quando a onda passar o problema vai voltar Mas só que pra você o presente é importante Sentado com os amigos sem caô ao menos um instante Levando o prazer até a boca Alterando sua visão, sua cabeça fica louca Quatro Se sentindo na paz Acabou compra mais, uma não satisfaz Curti o momento, sem pensar no tempo Faz um movimento, o raciocínio ta lento Cinco Ta com fome come um salgado Já foram mais de quatro Ta meio chapado, meio zoado, meio sorridente Meio culpado, meio inocente Será que mais uma dose vai lhe fazer mal Se todo mundo usa de uma forma muito natural Você vai e bota mais uma na roda Todo mundo gosta, que atitude foda Seis Da parada é freguês Ignora as leis qualquer dia do mês Em qualquer lugar na frente do bar Em casa, na rua, na beira do mar Sete Na hora de comemorar Pode ta faltando tudo, ela não pode faltar Esta presente no melhor e no pior Quando ta rodeado e quando esta só Apreciada por homem, mulher Idoso, criança, malandro, mané Polícia, playboy, bandido, estudante Empresário, artista, mulher gestante Oito Distraído vendo o vai e vem Gosta muito não consegue ficar sem O corpo pede a mente obedece Pede mais uma da hora se esquece Nove Sem pressa nenhuma Se o dinheiro acabar, rateio pra mais uma Aproveita bem cada minuto que tem Vai gastando a sua onda em cima de alguém Dez Sua visão ta embaçada Não quer pegar mais nada Hora de voltar pra casa Perna bamba Cabeça ta rodando Pupila dilatada, a noite vem se aproximando Fim de tarde Fim do dia Tudo direitinho do jeito que você queria Vai batendo como se fosse a primeira Pede o seu Manoel pra colocar a saideira [Ponte] Bebe o dia inteiro e dorme Só sai na madruga (4X) [2 Parte - 3 da Madruga] Três da madruga, insônia não ajuda Saio sobre os olhos da vizinha pescoçuda Tô na rua, sozinho no volante, o meu semblante Tá sinistro bem pior do que antes Solto a embreagem vou que vou tô na estrada Peço proteção pra me livrar de quem me roga praga Deus que sabe o quanto vale a minha alma Eu jogo a seta, meto a quarta, aumento o som e mantenho a calma No role de migué sem destino O vento vem na cara enquanto a cabeça vai refletindo Vou seguindo, ouvindo meu hino De guerra com olho grande tipo flamenguista e vascaíno Tô na paz, com a mente sem maldade Vou subi á colina que tem baile rolando até mais tarde Corto a cidade a procura de uma cura Que anule do meu coco a minha noite que não esta escura Sinal fechado, um carro para ao lado Um Golf rebaixado com para-brisas estourados Uns quatros caras ou mais, sem ter cara de paz Olhos vermelhos me olhavam e olhavam pra trás Me liguei, mas não me intimidei O piloto fez sinal de ta tranquilo, então me adiantei Ficou pra trás, (foi) virou passado Eu acelero, passo a quinta que por Deus estou sendo guiado Rua escura com pouca iluminação Vejo um comboio vindo em minha direção Se lombra vou perder, correr pra onde Foi se aproximando eu descobrir que era o bonde Com bicos para o alto, tomando o asfalto Será que é cobrança, sequestro, assalto? Sei la não me interessa, eu também tenho pressa Dei um toque no farol, acelero e continuo a fuga Seja protegida iluminada, madruga O telefone toca, sera que e alguém que aluga Só vou saber se atender Seja quem for, só não tire o meu lazer [Diálogo no telefone] MV Bill: Alô? Kamilla CCD: Sou eu que to ligando, só pra te dar um papo Que o baile você ta indo hoje esta lombrado O morro esta tomado, melhor você voltar Que ta rolando uma festinha na pracinha do lado de cá MV Bill: Tá você e quem? Kamilla CCD: To eu e aquela mina Que eu tinha te tocado que ia botar na sua fita Pode vir no sapato não precisa correr Que o caô aqui na praça vai rolar até o amanhecer Vou te aguarda, to bebendo uma gelada Só vou voltar pra casa, depois da madrugada MV Bill: Já é! vou desligar que tem uma blitz na minha frente Vou tirar o meu boné e fazer cara de inocente Acendo a luz do salão é dura da PM Não devo nada, mas não sei porque minha perna treme Abaixo o farol, viaturas eu cruzo Documento ta no bolso, abaixo o som, reduzo Fico escaldado sim, tenho a sensação do fim Só que desta vez foi diferente nem olharam pra mim Me benzi, sorrir, passei batido Eu boto fogo no asfalto meu rolé ainda não esta perdido Troco o CD, dou um grau no volume Jogo o cotovelo para fora como de costume No viaduto, caminho vou cortando O céu ta clareando, o dia vem raiando O galo ta cantando, da pracinha vou me aproximando Pessoas vão saindo enquanto eu vou chegando Os raios do sol atrapalham minha visão Mas vejo que a praça esta só tem garrafas no chão Cheguei agora todo mundo indo embora Viajei no caminho que até me esqueci da hora Vou meter o pé abandonar o recinto Também que horas são hein? (sete e quarenta e cinco)MV Bill
10) Inconstitucionalissimamente
(MV Bill)
Letra
Inconstitucionalissimamente
Olha quanta gente Quem sofre com o castigo é inocente Quem te representa é incompetente Ou influente Honestidade ta ausente O que ta difícil é mais pra frente Se errar comece novamente Chapa quente, pega agente, inconsciente Não vou pela cabeça de ninguém só na minha mente Comeu poeira se oriente Se for dar pra trás então serei seu oponente Na guerra não lamente Se amarelar não é valente A pratica mostra quem é quem diariamente Quem é que se vende Quem quebra a corrente Fica frente a frente com o dinheiro e fica impotente Enxerga, objetivo raramente Bebo na nascente Saturno é meu astro regente Não entendo como agente é dependente Só temos ação contra o racismo anualmente Aceitamos facilmente ser carente Fica acomodado esperando o bote da serpente Quem sabe ela também lhe dê presente Marcelo Caron com bisturi e você como paciente Reluzente, do rap um expoente Amigo não é parente Disposição suficiente Se não tiver botando fé experimente Defendo minha conduta como Deus defende um crenteMV Bill
11) Marginal menestrel
(MV Bill)
Letra
Marginal Menestrel
A vida me ensinou a caminhar... Saber cair depois se levantar... O tempo não espera... Não há espaço pra chorar... Andei no escuro agora vou brilhar. Sobreviver é necessário Também quero ser feliz Permaneço no combate Meu resgate é a minha fé Minha luta causa medo e alegria lá laia To na vida vem o que vier Não vou amarelar seja o que vier ô ô ô, seja o que Deus quiser é é é Na fé Alô mais velho quero mais sem lero lero Estaca 0 não me espero sincero meu lado eu venero Muita calma vagabundo gela até a alma Quem foi roubado no passado hoje sente falta O que somos o que seremos Porque chamamos, matamos, sangramos e depois morremos. Velhos tempos de caboclos pé no chão Que não leva desaforo pra cachanga e fazia na mão Soltava e tocava, seu braço arrepiava Aprendi a dar desprezo a quem me ignorava Mas que nada quem sabia que tinha um nenê de dois metros na barriga da pretinha 1974, três de janeiro hospital da Lagoa Rio de Janeiro Desordeiro rap o dia inteiro se tem cabelo duro é mané sai de ré Não me embarrera que eu quero passar é necessário mais de um pra me fazer parar Não dou valor a quem fica de caô quer ser malandro e soltava pipa No ventilador Pra ser titular não serve foi otário no passado hoje quer ser bandido do rap Passa borracha e joga no latão não é braço fiel então não pode ser falcão Sai saindo desce a ladeira vai jogar seu vídeo game que aqui a gente fica a noite inteira Quarta – feira dia de defumador queimar todo mal olhado com o seu odor Abre os caminhos de quem é perseguido hip hop violento o pagode funk de bandido Som de preto, som de morro som de gueto te batendo neurose, segurança desespero é medo Seu segredo desvendado efeito da ação que deixou o seu filme queimado Vai de ralo, me mira mas me erra se eu ficar marolando com você Não vou vencer a guerra Cai por terra por tudo por nada pela vida por Ogum por sangue por lágrima Vai vendo sangue ruim esse é meu oficio não arregar pro adversário é meu vício Contrario a dor no ódio e no amor Se der o ouro na mão do inimigo eu irei me opor Tá com a cuca louca tá lelé da cuca I... da teu papo mano Juca Eu tenho pouca coisa a dizer Tudo o que você falou pra mim Vou mover o meu coração Hoje eu deixo tudo em sua mão E se babar é com eles se fechar é com nós quem falava pelos pretos hoje sabe que a Gente tem voz bate o tambor bate forte faz barulho querer ficar com tudo é olho grande no bagulho Eu repudio a inveja por isso eu ando só mais um não ando junto com comédia Largo o prego que carneiro quer descer bota ele pra correr joga ele aqui na CDD Comunidade minha verdade meu terreno Querer cantar de galo na minha casa vai ficar pequeno vai vendo Para de vacilação veneno tá na sua direção Deixe o moleque cantar deixe o moleque sonhar Não é tudo que o seu dinheiro pode comprar A gente fica com nada da riqueza gerada sofremos Conseqüência da miséria criada Alguém tem pista do jovem terrorista que faz show Em Salvador e na baixada Santista ouço a voz do rapinador Impulsionado pôr quilombo dos palmares que trago na dor Tranqüilidade na coletividade de quem sabe respeitar A realidade de cada cidade Na humildade concebido pelo céu Palavras que cortam de um marginal menestrel A vida me ensinou a caminhar... Saber cair depois se levantar... O tempo não espera... Não há espaço pra chorar... Andei no escuro agora vou brilhar. Sobreviver é necessário Também quero ser feliz Permaneço no combate Meu resgate é a minha fé Minha luta causa medo e alegria lá laia To na vida vem o que vier Não vou amarelar seja o que Deus quiser Ô ô ô, seja o que Deus quiser .... na fé..MV Bill
12) Testemunho
(MV Bill)
Letra
Testemunho
Boca ressecada Coração acelerado Reflexo no espelho Homem desesperado Mais um drogado a noite inteira alucinado Maltrapilho, abandonado, vivendo isolado Si é que podia chamar isso de viver Vegetava sem ver minha filha crescer O amanhecer do dia me incomodava Todo sujo nem me arrumava Eu não me preocupava comigo A maior parte do meu tempo vivia escondido Porradão de dez, de cinco, de três De dia trabalhava, a noite só mais um freguês Dinheiro evaporava, débito no banco A maior parte do salário virava pó branco Constantemente minha patroa reclamava Que eu cheirava todo dia e a tempo não a amava Si esforçava, queria me ajudar Mi jurava de abandono se eu não conseguisse mudar e voltar a ser um chefe de família Dar atenção para minha mulher e carinho a minha família A mesma que eu humilhei no dia que cheguei Pancado eu peguei seu quadro e quebrei Ou da vez que eu alarmei a favela Acho que sujei o nome dela Dei mole me tornei um cara infeliz Meu raciocínio toda via, via meu nariz Não pensei em quem estava ao meu redor Transformei meus familiares em reféns do pó Viciado, comecei ainda de menor Junto com os amigos e fiquei simplesmente só Mi entorpecia e me sentia mais potente Depois sem potência em decadência virei dependente Minha sogra levou meu nome pra igreja Eu ficava no bar com conhaque e com cerveja Tive a chance de uma vida normal Com os amigos penetrei no caminho do mau Desespero na cara, fila cheia O sangue envenenado corria em minha veia Quanto mais eu tinha, mais eu queria Minha mulher não, não merecia (EH) alias ninguém merece Um cara como eu foi que do mundo se esquece E entristece quem quer ver seu bem Quando eu me transformava, não pensava em ninguém Assim seguia, insistia a semana inteira Minha moral foi reduzida a poeira Geladeira , bicicleta, televisão Tudo pro nariz acompanhado de uma depressão De que forma ser homem de verdade Deixando meus parentes passarem por necessidades Sem vaidade, grilado na mesa de bar Cercado de mocinha querendo tecar Sem pagar, ta ligado, isso compromete Cafungar sem dindin custa um boquete Putaria, sexo grupal Fazendo sem vontade pra manter a minha pose de mau Na real, cada dia mas sem graça Foi numa dessas que levei gonorréia pra casa Minha mulher gritava, como gritava Eu me controlava, não tinha nem palavras Derrota, onde meu rio deságua Raiva passa, fica só a magoa A vida corre e a ferida continuava aberta Acordado a noite inteira com a mente sempre alerta Endividado até o pescoço, vagando, só no osso Perdi minha fama de bom moço Família foi embora, depois do meu juízo Só não perdia meu vicio, que sacrifício Que sacrilégio, sem privilégio, tem parar Bastava um copo de cerveja "preu" voltar E me entregar que nem brinquedo na mão do palhaço Por causa disso eu já vi gente levar um balasso No meio lata, que violento Minha pipa ta sem vento, sofrendo ao relento, morrendo Se eu perdesse meu emprego ia ficar pior Perdia a hora todo dia por causa do pó Prometi varias vezes que ia parar Mas tinha alguma coisa mas forte que vinha me buscar Mi sufocava, me ensurdecia Mi cegava, me acabava, me enlouquecia Envelhecido no quarto escuro sem futuro Minha cadeia era sem muro Meu rosto traz a marca da noite mal dormida Junto com as marcas das porradas que levei da vida Processo de descida, passagem só de ida Sem força pra montar a base que foi destruída Sem valor, sem carinho e sem amor Ser mais fraco que o vicio me fazia sentir mais dor Não vejo rosto, não reconheço ninguém Na multidão ouço uma voz dizendo amém Era uma senhora de saia cumprida Dizendo que o onipotente tinha planos pra minha vida Mi apontando, foi se aproximando, gelei ! Levou a mão até a minha testa, ajoelhei ! Falou que a solução dos meus problemas era Jesus A partir desse momento eu comecei enxergar uma luz Tive esperança, fiquei otimista De ser um homem livre e virar artista Terça, quarta e sexta culto na igreja Na primeira fila tava eu pedindo mais firmeza Mais certeza, mais distância do abismo A luta era constante contra a força do meu organismo Mi tonteava, me deixava em alucinação Os irmãos dizendo que aquilo era parte da provação O inimigo me queria novamente Escravizar minha matéria e dominar minha mente Fui medicado, fui internado Conversando com as paredes, numa clinica de viciado Amarrado, injeção todo dia Quem fugia apanhava e tomava banho de água fria No dia a dia, lá se foi um mês sem cheirar Fui visitado por um grupo chamado N.A. Narcóticos Anônimos, alugaram um ônibus Pra levar um grupo de pessoas como eu Pra ver outros irmãos que eles ajudaram a vencer Me apeguei a Cristo e fiz por merecer Aquilo me afastava do circulo vicioso Preenchendo cada vez mais o meu tempo ocioso Entreguei meu coração ao poderoso No meu dia de batismo deixei meu pai morto orgulhoso De cara limpa, protestante, consciente Podendo receber a alcunha de ex narcodependente Eu que pensei que minha vida tava morta Agora eu sei que Deus escreve certo por linhas tortas Ter de volta minha família ao meu lado A mutação da minha vida me deixou maravilhado As reuniões com N.A. foram importantes As ruas convidavam minha carne a todo instante Parte do meu corpo ainda esta contaminado Mas passo a impressão de totalmente recuperado Bem arrumado, recuperei meu laço Hoje a arma que eu carrego á a bíblia embaixo do braço Fortalecer a corrente dos salvos Ou enfraquecer a corrente dos fracos Não me envergonho da minha história Dou testemunho na igreja e palestra em escola Toco a minha bola como se fosse o começo Tive outra chance mesmo sem saber se eu mereço Favela que eu entrava e ficava pancadão Hoje eu entro pra fazer a corrente de libertação Sem atenção, essa é minha missão Convencer as outras pessoas a aceitarem a salvação Gloria a Deus, aleluia, na paz do Senhor Prego a palavra do Altíssimo que é o Salvador Amor, louvor, fé, esperança Puro como sorriso de uma criança Com a liberdade no meu punho Meu nome não importa Esse foi meu testemunhoMV Bill
13) Fé em Deus - Part. Buiú da 12 e Kmilla CDD
(MV Bill)
Letra
Fé Em Deus
Dois maluco e uma mina General mira e atira Revolta ira Não teve espaço pra traíra Fé em Deus foi a nossa opção Muita ideia na cabeça, com papel e caneta na mão Pé no chão, caminhando com humildade Convencido que o maior perigo nasce da necessidade Dignidade, foi preciso pra ficar em campo Não colho falsidade, porque caô não planto Não desando, não quebro meu encanto Eu não sou bandido Mas eu também sei que não sou santo Incitando, preto não ser branco Na pista miliano, o meu sistema eu implanto Conexão CDD catumbi Prevalece o papo reto que sempre predominou aqui Foi necessário muita fé Toque de macumba e oração da igreja pra ficar em pé Buiu da doze, na rima não faz pose Pega a filmadora, focaliza e me da um close Pintando o sete com todas as tintas Faça igual a Phoenix e renasça das cinzas Nossa amizade é como um elo de corrente a força da sinceridade é que mantém a gente Da nossa história mais sufoco do que glória mais o respeito sempre esteve em nossa trajetória nosso sucesso partiu da consideração só papo reto sem brecha pra vacilação A ponte aérea catumbi CDD é o contato permanente que sempre vai ter só braço fiel do bonde chapa quente do punho da doze fé em Deus sem quebrar corrente o nosso som é a cara do povo ta no recalque pela-saco então baba meu ovo são três cabeças de raíz no microfone Pra conspiração é conterrâneo e o coro come fica de longe escariante igual os home Jogando conversa fora com a porra do meu nome ih muita gente até me criticou que o amigo do passado me abandonou virou as costas pros parceiros de verdade eu nunca liguei pra esse tipo de crocodilagem eu to cagando pro que acham de mim a minha personalidade sempre foi assim então se toca bota a cara na pista Mister M conspirador no meu escritório é igual PM a trinca é forte minha rima é igual a uma glock Buiu Kmila e Bill demorou tu tenta sorte não sou de condomínio nem mudinho de tv Meu berço foi o caixote ao contrário de você se quer pagar pra ver se prepara a chapa é quente minha ctps é carregada como um pente o bonde é do som é melhor ficar esperto minha mente ta tranquila porque aqui o papo é reto.. (refrão) Só com disposição é que se vai pra pista Estereotipado como extremista Cuidado se você tiver na nossa lista Bicudo com bicudo vê quem baixa a crista Fé em Deus é preciso ter se quiser viver no comando a batida aqui Kmila CDD vida de rua quem vive não atua levanto minha moral sem precisar ficar nua verdade crua de quem vem de milha e milha MV descendente também faço parte da família fico na trilha filiada a quadrilha caô de pela-saco vem debaixo não me humilha eu não aturo patricinha o pesadelo dessa vez passar batom e usar calcinha meu pensamento ta expressado na minha fala mas se eu ficar calada eu não serei canonizada fechando com o lado amigo constantemente perigo e mais a porrada de mina que eu sei que fecha comigo não vacilo, meu ritmo é aquilo desço do meu salto perco a classe mais não perco o brilho feminina de acordo com o clima subo o morro, desenrolo e desço com uma pá de mina de atitude que não aceita a submissão bate de frente e assume a situação com a garra de dandara não vou deixar ninguém me amarrar e dar tapa na minha cara vai ser difícil me calar aqui quem fala é a combatente K M I L A Só com disposição é que se vai pra pista Estereotipado como extremista Cuidado se você tiver na nossa lista Bicudo com bicudo vê quem baixa a crista Por Deus iluminado Por todos os tambores aclamado Usando as palavras pra causar estrago Ou alegria sem simpatia Pode até pedir perdão e não terá anistia Conspirador, rachador, linguarudo Vai perder sua divisa pra deixar de falar mal de tudo Não demora, logo chega a sua hora Deixar correr o tempo é a lei que vigora Gera discórdia, fica na bola, pedindo pra não ser cobrado Chamou pro desenrolo o caô já ta formado Ta mandado, mas a minha imagem não arranha Sou sócio fundador do bonde dos "Piranha" E vou na manha, sempre fora do esquema Afro brasileiro carioca da gema Com conceito, do meu jeito, tenho meu respeito Ta vivo é um grande feito, quer brincar, brinca direitoMV Bill
14) Declaração de guerra
(MV Bill)
Letra
Uma Declaração De Guerra
Hei mãe, acorda que o terror vai começar Coloca a janta, pode ser a última se pah Se eu não voltar, sorria Vou em busca da alegria Vou incentivando o ódio (quem diria) É tudo pela salvação Em nome da razão Acenda a vela É o código da rebelião Os generais nem imaginam nosso plano Pensam que é mais um engano Jesus está voltando Os pretos estão do lado de cá São soldados mascarados aliados ao pomar Os diretores forjam as fugas Tensão nas celas, bueiros, são verdadeiros sangue sugas Libere a fuga diretor! solte os detentos Pelados pelas rua escura, sem lamentos A nossa tropa só tem doido, Resto, lixo, bicho, praga Vou jogar mais vinho na sua área São pessoas que vivem na amargura Não nos restam mais ternura A batalha vai ser dura Eu avisei que a guerra era inevitável Pra quem tá na condições desfavorável Subestimaram, pagaram pra ver, e tão vendo Ignoraram a nossa coragem, tão morrendo A violência não fui eu que inventei Somos condenados a serviços de um rei Chega de ouvir esse discurso social Chega de ouvir a lenga lenga racial Sou animal sou (sou), sou canibal sou (sou), eu sou letal O verbo que populariza o mal Vão tirando a fantasia de artista Não tem mais carnaval Acabou o show pra turista Que venham vários pagodeiros e sambistas A luta é o coração de um guerreiro ativista Convoque os índios, convoque os canibais Convoque os sonhos, dos nossos ancestrais Vou invadir mais um hospício Vivemos bem no precipício (que que isso) Quero mais guerrilheiros pra esta noite Vida longa para os pretos, fim do açoite Vou maquinar mais homicídio para esse dia Fim de vida aos brancos, da covardia São benedito por favor nos proteja Tragam todos os fiéis que estão orando da igreja Sem terra, sem teto, sem nada nos dentes Sem fama, sem grana, sem luz, sem parentes Se foi torturado - siga-me Se tá rebelado - siga-me Se tiver bolado - siga-me Ham siga-me, ham siga-me Se cair seus dentes - siga-me Se for estuprada - siga-me Se o nome for maria - siga-me Ham siga-me, ham siga-me Eu vou pedir mais orações aos crentes A guerra é turva, e deus necessita estar com a gente São meia noite o black-out é geral Sirenes, apitos, breu total Ficou pra trás a nossa dor Lá no passado que restava todo amor Uma criança pede o fim da guerra Entre vermelhos e terceiros Me lembra que somos brasileiros Mais ideologia, menos conflitos Não façam de nós mais um grupo de risco O alemão, não apita na favela Confira você mesmo, e olhe pela sua janela Fale seu partido preciso saber ! Pmdb, pt , satã ou ou tc ? Se é for de esquerda , não me contemplou Se for de direita , me ignorou Se for de bandido é um caso a pensar Vou me filiar preciso arriscar Adestrador prepare os cães, não dê comida, Avise aos lobos que a pele é branca e a carne é viva Fazendeiro não há mais tempo pra remorso Vamos transformar seu paraíso em destroços A luta é racial A luta é social Mais ninguém se espanta Porque a é guerra santa É preta, marrom, mestiça e branca E quem não decidir em que lado está, vira planta Eu sou ateu, protestante, sou judeu Eu sou maçom, rosa cruz, e fariseu zulu Eu sou a luz do universo em desencanto Não sou mais nada só a voz do catalão Levei 500 anos para entender esse país Se querem me entender eu só queria ser feliz! Maria dê veneno pra rainha sua patroa Volte pro quitin com as jóias da coroa Agora cai por terra toda arrogância Vamos celebrar viva a voz da ignorância Deus vai perdoar , deus vai entender Deus vai lhe ajudar, chega de padecer De um lado humanos, do outro, humanos Todos armados então são desumanos Falam que a briga não nos leva a nada O mar não tem cabelo, quem se afoga nada Não dá pra existir de quem não come nada Aqui seu diploma não vale de nada Nós não somos nada Nós não temos nada Branco camarada, largue a espada Acabou o desafio, não pode pensar Imagino deve ser difícil aceitar Essa guerra que já foi vencida Solte suas armas e comece a despedida Abaixe a cabeça, faça o último pedido Peça qualquer coisa menos ser meu amigo Não, não faz sentido Sou herói, e o bandido? A sirene tá gritando Perigo Os pretos que vão te julgar Você tá bola E então comece a chorar Devolva meu samba, a nossa cultura A capoeira, o axé e a vida das pessoas que moram na rua A história foi queimada ofendida A morte é o fim, a guerra é a vida Durante muito tempo eu vi o mundo girar De braços cruzados esperando a morte chegar Foi o despertar comece a sua prece Dessa vez é o racha Ou vai ou desce Se perdeu o juízo - siga-me Tá no prejuízo - siga-me Não quer ser escravo - siga-me Ham siga-me, ham siga-me Já matou tarado - siga-me Se perdeu o seu emprego - siga-me Se foi derrotado - siga-me Ham siga-me, ham siga-meMV Bill
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