Destaque

Maria Bethânia - Álibi | 1978


Álbum: Álibi
Artista: Maria Bethânia - "Maria Bethânia Viana Telles Velloso"
Ano: 1978
Gravadora: Polygram/Philips
Arranjo: Perinho Albuquerque
Produção: Perinho Albuquerque, Maria Bethânia

Músicos Participantes
  • Mauro Senise: Flauta 
  • Maurício Einhorn: Gata Harmônia
  • Edmundo Maciel: Trombone 
  • Tomás Improta: Piano
  • Antônio Perna Fróes: Piano
  • Rosinha Valença: Cavaquinho, Violão
  • Jamil Joanes: Baixo Elétrico
  • Moacyr Albuquerque: Baixo Elétrico
  • Luizão Maia: Baixo Elétrico
  • Djalma Corrêa: Percussão
  • Tutty Moreno: Percussão, Bateria
  • Enéas Costa: Bateria
  • Paulinho Braga: Bateria
Informações
  • Player com as músicas do disco está disponível logo após as faixas.
Curiosidade
  • Este foi o segundo disco feminino no Brasil a alcançar a marca de mais de 1 milhão de cópias vendidas. Somente o álbum "Claridade/1975)" de Clara Nunes conseguiu tal feito. (Informações extraídas do Wikipedia)

Faixas

1) Diamante Verdadeiro
(Caetano Veloso)


2) Álibi
(Djavan)


3) O Meu Amor - Part. Alcione
(Chico Buarque)


4) A Voz de Uma Pessoa Vitoriosa
(Waly Salomão - Caetano Veloso)


5) Ronda
(Paulo Vanzolini)


6) Explode Coração
(Gonzaguinha)


7) Negue
(Adelino Moreira - Enzo Almeida Passos)


8) Sonho Meu - Part. Gal Costa
(Dona Ivone Lara - Délcio Carvalho)


9) De Todas as Maneiras
(Chico Buarque)


10) Cálice
(Gilberto Gil - Chico Buarque)


11) Interior
(Rosinha de Valença) 


Aperte play para ouvir todo o disco ou toque no nome da faixa que deseja ouvi.

Gostaria de postar um trecho do ótimo texto de Sidney Falcão do Blog DiscosEssenciais, que aborta muito bem este álbum fantástico da nossa música.

“Álibi” (Philips, 1978), Maria Bethânia

Mas o grande salto na carreira de Maria Bethânia acontece com o álbum Álibi, lançado em dezembro de 1978. Diferente dos álbuns anteriores, Álibi trouxe canções que se tornaram grandes sucessos e que marcariam toda a carreira de Bethânia. O álbum abre com “Diamante Verdadeiro”, de Caetano Veloso, um choro dotado de certa nostalgia, remetendo aos antigos chorões do passado. A faixa seguinte é “Álibi”, um belo bolero dotado de muito romantismo composto por Djavan.

“O Meu Amor” traz um fato curioso. A canção foi originalmente composta por Chico Buarque para o espetáculo Ópera do Malandro que esteve em cartaz em 1978. No espetáculo, Marieta Severo (então esposa de Chico) e Elba Ramalho faziam um dueto cantando a música. As duas gravaram a canção para o álbum de Chico (ele não canta nessa faixa), lançado em novembro de 1978, um mês antes do lançamento do de Bethânia. Em seu álbum, Bethânia faz dueto em “O Meu Amor” com a sambista Alcione, que se saiu muito bem cantando um bolero. Com uma letra carregada de muita sensualidade e erotismo, “O Meu Amor” fala de duas mulheres que disputam o amor de um mesmo homem.

“A Voz Vitoriosa”, de Wally Salomão e Caetano Veloso, é uma bela homenagem à mulher, seguida de “Ronda”, de Paulo Vanzolini, um clássico da música brasileira gravado originalmente por Bola Sete em 1953, e que Bethânia conseguiu imprimir o seu estilo bem pessoal de cantar. Fechando o lado A, “Explode Coração”, de Gonzaguinha, uma canção que Bethânia fez um registro definitivo e ainda hoje insuperável.

Assim como “Ronda”, “Negue” é outra canção consagrada da música brasileira presente em Álibi, e é ela quem abre o lado B do álbum. Mesmo com dezenas de regravação que vão de Cauby Peixoto a Camisa de Vênus, o samba-canção composto por Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos, em 1960, ganhou a sua versão definitiva com Maria Bethânia. O samba “Sonho Meu”, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, traz mais um dueto no álbum, desta vez Bethânia com sua voz grave contrastando com os agudos de Gal Costa. Em “De Todas As Maneiras”, canção de amor de Chico Buarque, Bethânia canta os sentimentos do fim de um relacionamento conflituoso e desgastado. A canção seria regravada pelo próprio Chico no seu álbum Vida, em 1980.

Fechando o álbum, “Interior”, composição da violonista Rosinha de Valença. A canção possui uma atmosfera bucólica nos versos, na gaita de Maurício Einhorn e no violão dedilhado de Rosinha de Valença, enquanto Bethânia canta com uma voz cheia de ternura.

Vale ressaltar a “onipresença” de Rosinha de Valença neste disco, ela tocou em todas as faixas. A instrumentista expôs no álbum todo o seu talento tanto no violão como no cavaquinho, mostrando a sua versatilidade, seja tocando samba (“Sonho Meu”), choro (“Diamante Verdadeiro”), bolero (“O Meu Amor”), bossa-nova (“Explode Coração”) ou samba-canção (“Negue”). Toda essa bagagem musical é fruto das experiências profissionais que Rosinha acumulou desde jovem, quando tocou com artistas do gabarito de Baden Powell, João Donato, Sérgio Mendes entre outros. Lamentavelmente, em 1992, Rosinha de Valença deixou a vida profissional muito cedo quando entrou em estado de coma após uma lesão cerebral, consequência de uma parada cardíaca que sofreu. Rosinha ficou em estado vegetativo por doze anos, vindo a falecer em 2004, aos 62 anos. 

Álibi foi o primeiro grande sucesso comercial de Maria Bethânia, alçando a cantora baiana do posto de artista cult a uma das cantoras campeãs de vendas de discos no Brasil e de execução em rádio. “Explode Coração”, “Sonho Meu” e “Negue” ganharam as rádios e levou Álibi a vender de 1 milhão de cópias, tornando Maria Bethânia a primeira cantora brasileira a atingir essa marca. O álbum seguinte, Mel, de 1979, seguiu os mesmos passos de Álibi, e foi também um grande sucesso em vendas, graças a faixas como a faixa-título, “Cheiro de Amor”, “Grito de Alerta”, “Da Cor Brasileira” e “Infinito Desejo”."
Trecho extraído do link ao lado: DiscosEssenciais

Para saber um pouco mais sobre Maria Bethânia, acesse:
Baixe o disco clicando no link ao lado: Álibi (OBS: Caso não haja visualização da pasta com as faixas, clique em Download e depois em Fazer download mesmo assim)

Referências

  • https://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,para-conhecer-maria-bethania-em-dez-albuns,1646098
  • https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2018/07/02/album-que-massificou-maria-bethania-alibi-completa-40-anos-e-merece-reedicao.ghtml
  • https://discosessenciais.blogspot.com/2017/09/alibi-philips-1978-maria-bethania.html
  • http://www.discosdobrasil.com.br/discosdobrasil/consulta/detalhe.php?Id_Disco=DI00233
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Beth%C3%A2nia
Colaboradores:
Web Interface: Felipe Kogati, Leonardo Honório

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