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Postado por
Claudio Carvalho
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Álbum: Sonho de Um Sambista
Artista: Nelson Sargento - "Nelson Mattos"
Ano: 1979
Gravadora: Gravadora Eldolrado
Produção: J.C. Botezelli "Pelão"
Arranjos: Luiz Otávio Braga, Maurício Carrilho, Luiz Moura
Capa: Zé Maury
Foto: Sérgio Pimentel
Direção de arte: Ariel Severino
Capa: Zé Maury
Foto: Sérgio Pimentel
Direção de arte: Ariel Severino
Músicos Participantes
- Coro: Aeloá
- Flauta: Gerson Galante
- Trombone: Walter Batista Azevedo
- Cavaquinho: Luciana Rabello
- Violão: Maurício Carrilho
- Violão 7 Cordas: Luiz Otávio Braga
- Surdo: Oscar Bigode
- Ritmo: Bidi, Branca di Neve, Chiquinho, Lelei, Mussum, Théo da Cuíca
Informações
- Player com as músicas do disco está disponível logo após as faixas.
Faixas
1) Triângulo Amoroso
(Nelson Sargento)
Letra
Triângulo Amoroso
Elas são o meu tudo na vida Pra mim elas são iguais Se por acaso eu perde-las Não sei do que serei capaz É um triângulo amoroso Funcionando com perfeição {Uma me domina, a outra me fascina Mas as duas tem meu coração}(2x) Elas são o meu tudo na vida Pra mim elas são iguais Se por acaso eu perde-las Não sei do que serei capaz É um triângulo amoroso Funcionando com perfeição {Uma me domina, a outra me fascina Mas as duas tem meu coração}(2x) Uma está no lar É minha doce companheira As vezes eu fico com a outra, a noite inteira {Assim vivemos bem, pois ela sabe afinal Que sua rival é a Mangueira}(2x)Nelson Sargento
2) Falso Moralista
(Nelson Sargento)
Letra
Falso Moralista
Você condena o que a moçada anda fazendo E não aceita o teatro de revista Arte moderna pra você não vale nada E até vedete você diz não ser artista Você se julga um tanto bom e até perfeito Por qualquer coisa deita logo falação Mas eu conheço bem o seu defeito E não vou fazer segredo não Você é visto toda sexta no Joá E não é só no carnaval que vai pros bailes se acabar Fim de semana você deixa a companheira E no bar com os amigos bebe bem a noite inteira Segunda-feira chega na repartição Pede dispensa para ir ao oculista E vai curar sua ressaca simplesmente Você não passa de um falso moralistaNelson Sargento
3) Agoniza Mais Não Morre
(Nelson Sargento)
Letra
Agoniza Mais Não Morre
Samba Agoniza mas não morre Alguém sempre te socorre Antes do suspiro derradeiro Samba Negro, forte, destemido Foi duramente perseguido Na esquina, no botequim, no terreiro Samba Inocente, pé-no-chão A fidalguia do salão Te abraçou, te envolveu Mudaram toda a sua estrutura Te impuseram outra cultura E você nem percebeu Mudaram toda a sua estrutura Te impuseram outra cultura E você nem percebeuNelson Sargento
4) A Noite se Repete
(Nelson Sargento)
Letra
A Noite se Repete
A noite se repete Porque se repete o dia Tristeza só existe Porque existe alegria A terra é quem dá A vida para a flor Num coração sincero É que desponta um grande amor Por existir a vida É que a morte impera Por haver gente falsa É que há gente sincera Se não houvesse mar Não haveria embarcação Se eu não te amasse Não sofreria ingratidãoNelson Sargento
5) Muito Tempo Depois
(Nelson Sargento)
Letra
Muito Tempo Depois
Muito tempo depois foi que eu descobri Que o mundo para mim nunca foi nada bom Eu vivo sofrendo desde que nasci A somar desenganos e desilusões Os amores que arranjo morrem prematuros É uma luta tremenda para sobreviver Eu não tenho passado, presente ou futuro Mesmo assim lhe asseguro que quero viver. A humanidade não é tão humana Cada qual se defende com mais avareza Ninguém se ajuda, ninguém se irmana Busco lenitivos na mãe naturezaNelson Sargento
6) Minha Vez de Sorrir
(Nelson Sargento, Batista da Mangueira)
Letra
Minha Vez de Sorrir
Se eu voltar a teus braços vou repetir meus fracassos tudo aquilo que passou Eu sinto-me tão alegre é justo que eu não me entregue a teus caprichos amor Muito consultei meu coração e cheguei à conclusão: você pra mim morreu Minha vez de sorrir chegou agora quem perde é quem chora e você perdeu, perdeuNelson Sargento, Batista da Mangueira
7) Sonho de Um Sambista
(Nelson Sargento)
Letra
Sonho de Um Sambista
Eu estava quase adormecendo Quando a musa veio me falar Continua procurando com carinho Continua que você vai encontrar Senti o cansaço me invadir E num canto qualquer repousei Imediatamente adormeci Adormeci e sonhei Sonhei Com uma escola de samba Muitas cabrochas e bambas Desfilando garbosas Senti todo meu corpo estremecer Ao perceber um fabuloso Mundo verde e cor de rosa Na passarela de asfalto O samba é o ponto alto Atraindo a multidão Na maior empolgação da minha vida Eu vi a mangueira Minha mangueira queridaNelson Sargento
8) Infra-estrutura
(Nelson Sargento)
Letra
Infra-estrutura
Ela bagunçou, A infra-estrutura do meu barracão Ela bagunçou A infra-estrutura do meu barracão Vendeu o nosso rádio, a nossa cama e o fogão Rasgou a minha roupa E quebrou meu violão Deu a geladeira pra vizinha Empenhou, a televisão Fiquei todo desarticulado Mas, seja o que Deus quiser Vou começar tudo de novo Arranjando outra mulher Vou começar tudo de novo Arranjando outra mulherNelson Sargento
9) Primavera
(Nelson Sargento, Alfredo Português, José Bispo)
Letra
Primavera
Oh! primavera adorada Inspiradora de amores Oh! primavera idolatrada Sublime estação das flores Brilha no céu O astro rei com fulguração Abrasando a terra Anunciando o verão Outono Estação singela e pura E a pujança da natura Dando frutos em profusão Inverno Chuva, geada e garoa Molhando a terra Preciosa e tão boa Desponta A primavera triunfal São as estações do ano Num desfile magistral A primavera Matizada e viçosa Pontilhada de amores Engalanada, majestosa Desabrocham as flores Nos campos, nos jardins e nos quintais A primavera é a estação dos vegetaisNelson Sargento, Alfredo Português, Jamelão
10) Por Deus, Por Favor
(Nelson Sargento)
Letra
Por Deus, Por Favor
Esqueça por Deus, por favor O muito que amamos Esqueça por Deus, por favor As juras que trocamos Entre nós só há indiferença, mágoa e despeito Entre nós há uma guerra fria sem noção de direito Esqueça por Deus, que eu já fui O seu tudo na vida Eu já esqueci que um dia fostes minha querida Destruamos nosso lar paraíso Que fizemos com carinho e amor Pois hoje ele é simplesmente Residência da dorNelson Sargento
11) Falso Amor Sincero
(Nelson Sargento)
Letra
Falso Amor Sincero
O nosso amor é tão bonito Ela finge que me ama E eu finjo que acredito O nosso falso amor é tão sincero Isso me faz bem feliz Ela faz tudo que eu quero Eu faço tudo o que ela diz Aqueles que se amam de verdade Invejam a nossa felicidadeNelson Sargento
12) Lei do Cão
(Nelson Sargento)
Letra
Lei do Cão
Agora Vai ser tudo diferente É olho por olho É dente por dente Não faço mais opção Rasguei O meu diploma de bobo Não sou mais carneiro Eu agora sou lobo Em qualquer situação Guerra é guerra Pau no burro À ferro e fogo Mudei as regras do jogo Dou cartas na tapeação É a lei do cão É na dureza, não dou moleza Não tem pra ninguém Primeiro eu, segundo eu Terceiro e quarto eu também É a lei do cão É na dureza, não dou moleza Não tem pra ninguém E assim procedendo Eu vou vivendo muito bemNelson Sargento
Aperte play para ouvir todo o disco ou toque no nome da faixa que deseja ouvi.
Gostaria de compartilhar com vocês o ótimo texto de contracapa, escrito por Arley Pereira.
"São Paulo, Fevereiro, 79.
Nelson,
Ontem o Pelão telefonou: "Guardei pra você a contracapa do LP do Nelson Sargento, que a gente acabou de gravar." E a velha raiva-amor voltou ao peito. A raiva santa contra o Pelão, que mais uma vez chegou primeiro, uma abençoada pressa que já deu à música popular brasileira o registro do trabalho-antologia de gente como os nossos Cartola, Carlos Cachaça, Nelson Cavaquinho e tantos mais, um trabalho de me encher o peito de inveja.
Quem não gostaria de ter feito ?
E o "home"não para por ai, não. Sem mais aquela, joga na cara do mundo a importância de ter gravado - no selo prestígio Eldorado - nada menos, nada mais que Nelson Sargento.
É quando o amor se funde à raiva. O amor de ouvir vendo o velho amigo. Reconhecendo na voz a figura magra, calva e sorridente que conheci debruçado num inacreditável violão pintado de verde, contribuindo com parcela básica para a ressurreição da música popular brasileira participando com seus sambas do "Rosa de Ouro" musical-ventre que gerou o interesse de toda uma geração pela nossa cultura musical popular, acabando com o "rock" da mesma maneira como não se deixará sufocar pela "discoteque".
Quantas vezes "dividimos" o "Rosa", você no palco (mais Paulinho da Viola, Élton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Anescarzinho do Salgueiro, Clementina de Jesus e Aracy Cortes), eu na platéia! Os improvisos do partido-alto descobertos então pela classe média, que chamava qualquer samba de empolgação de "partido-alto" - rimando brincadeiras entre os sambistas e nós, os mais chegados. Quantas vezes, madrugada fria de São Paulo requerendo a competente cachaça ou a sua favorita "caipirinha", ouvi casos e coisa da Mangueira, cantadas nos seus sambas ou cantadas nas suas gargalhadas, que estremeciam as mesas do Parreirinha?
Quantas vezes, Nelson Sargento, nesse início de amizade que deságua em tantos bons momentos, principalmente no meu amor pela Mangueira, pelo qual - único mangueirense no "Rosa", além da mãe Clementina - cabe à você parte da responsabilidade, o samba esteve presente? Acredito que em todas.
Não tenho lembrança de Nelson Sargento, sem o violão verde-cordas de aço sambas de fina ironia, seu competente humor, de deslumbrado amor - sem um samba na boca, seu ou da "gente grande" da Mangueira, já que sabe tudo que os velhos da "Manga" compuseram. Lembra aquela tarde, na casa de Carlos Cachaça, quando você cantou para o Cartola oito sambas dele, que ele mesmo já não lembrava? E da sua promessa, provocando o Velho Divino: "- Se me der parceria, canto mais oito"?
Entrar de graça em samba alheio é coia que seu talento jamais permitirá, Nelson Sargento. Mesmo sem as fulgurações da fama, sem o faturamento do sucesso, guardada em sua humildade, a altivez do sambista respeitado e acatado na colina verde-e-rosa, reduto de gente como Cartola, Xangô, Padeirinho, Preto Rico, Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça, Darcy, Pelado e outros tantos, resistirá sempre. Fazendo sambas de qualidade de "Cântico à Natureza" (Ah, vivo fosse o Alfredo Português, padrasto e parceiro, marcado ritmo nos tamancos e quantas outras belezas como estes versos de antologia:"Desabrocham as flores / nos campos nos jardins / e nos quintais / A Primavera é a estação dos vegetais") e tantos outros que se não chegaram ao triste destino das paradas de sucesso, alcançaram o respeito e a admiração de seus pares nessa corte maravilhosa que é o Reino da Mangueira, do qual só faz parte quem nasce sambista de verdade.
A última vez que nos vimos, foi no seu barraco, lá no "Chalet" da Mangueira. Como você mesmo diz, "- se virar o morro de cabeça para baixo, minha casa é a segunda, à esquerda de quem sobe..." Lá no alto, entre um gole e outro, lembrando coisas (como aquela vez que você pintou meu apartamento de sala-e-quarto, num tempo recorde de...dois meses: para cada pincelada, eram necessários dez sambas no violão verde e três "bem geladas" nos copos), você dizia que um dia as coisas mudariam, uma flor iria se abrir. Você já não mora no Chalet, deixou de pintar paredes para se transformar num quase bem sucedido pintor de telas e a flor ameaça se abrir.
O canteiro é este LP inteiro, feito por quem sabe, para os que sabem ou pretendem saber. Esta é a tua flor, queira Deus que a primeira de todo um jardim. Uma flor importante não só para você, mas também para a música e a cultura popular, feitas por gente que como você tiram da sensibilidade, da inspiração e da arte das quais são íntimos o que não foi possível buscar nos livros.
Acabaram-se raiva e inveja. Maiores que elas, o prazer de estar ouvindo você, enquanto escrevo, a certeza de que a importância do seu trabalho começa a ser reconhecida. E já que daqui de São Paulo, não posso dar o abraço que queria, mando uma certeza: o violão verde que você me deu está aqui na parede, na minha frente, as cordas de aço mudas. Mudas e tristes por não terem sido elas as que acompanhavam sua voz, no LP de estreia. Mas disso a culpa é minha, culpa inteiramente justificada pela certeza de que o presente foi sincero. Como sincero é o desejo do sucesso que eu acredito esteja - finalmente - reservado para você, seu talento e sua esplêndida figura humana.
Um abraço verde-e-rosa do"
Arley Pereira.
O álbum foi também relançado em CD (algumas vezes) na série de memórias da Eldorado. Segue a capa abaixo:
Para saber mais sobre Nelson Sargento, acesse:
Referências
Gostaria de compartilhar com vocês o ótimo texto de contracapa, escrito por Arley Pereira.
"São Paulo, Fevereiro, 79.
Nelson,
Ontem o Pelão telefonou: "Guardei pra você a contracapa do LP do Nelson Sargento, que a gente acabou de gravar." E a velha raiva-amor voltou ao peito. A raiva santa contra o Pelão, que mais uma vez chegou primeiro, uma abençoada pressa que já deu à música popular brasileira o registro do trabalho-antologia de gente como os nossos Cartola, Carlos Cachaça, Nelson Cavaquinho e tantos mais, um trabalho de me encher o peito de inveja.
Quem não gostaria de ter feito ?
E o "home"não para por ai, não. Sem mais aquela, joga na cara do mundo a importância de ter gravado - no selo prestígio Eldorado - nada menos, nada mais que Nelson Sargento.
É quando o amor se funde à raiva. O amor de ouvir vendo o velho amigo. Reconhecendo na voz a figura magra, calva e sorridente que conheci debruçado num inacreditável violão pintado de verde, contribuindo com parcela básica para a ressurreição da música popular brasileira participando com seus sambas do "Rosa de Ouro" musical-ventre que gerou o interesse de toda uma geração pela nossa cultura musical popular, acabando com o "rock" da mesma maneira como não se deixará sufocar pela "discoteque".
Quantas vezes "dividimos" o "Rosa", você no palco (mais Paulinho da Viola, Élton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Anescarzinho do Salgueiro, Clementina de Jesus e Aracy Cortes), eu na platéia! Os improvisos do partido-alto descobertos então pela classe média, que chamava qualquer samba de empolgação de "partido-alto" - rimando brincadeiras entre os sambistas e nós, os mais chegados. Quantas vezes, madrugada fria de São Paulo requerendo a competente cachaça ou a sua favorita "caipirinha", ouvi casos e coisa da Mangueira, cantadas nos seus sambas ou cantadas nas suas gargalhadas, que estremeciam as mesas do Parreirinha?
Quantas vezes, Nelson Sargento, nesse início de amizade que deságua em tantos bons momentos, principalmente no meu amor pela Mangueira, pelo qual - único mangueirense no "Rosa", além da mãe Clementina - cabe à você parte da responsabilidade, o samba esteve presente? Acredito que em todas.
Não tenho lembrança de Nelson Sargento, sem o violão verde-cordas de aço sambas de fina ironia, seu competente humor, de deslumbrado amor - sem um samba na boca, seu ou da "gente grande" da Mangueira, já que sabe tudo que os velhos da "Manga" compuseram. Lembra aquela tarde, na casa de Carlos Cachaça, quando você cantou para o Cartola oito sambas dele, que ele mesmo já não lembrava? E da sua promessa, provocando o Velho Divino: "- Se me der parceria, canto mais oito"?
Entrar de graça em samba alheio é coia que seu talento jamais permitirá, Nelson Sargento. Mesmo sem as fulgurações da fama, sem o faturamento do sucesso, guardada em sua humildade, a altivez do sambista respeitado e acatado na colina verde-e-rosa, reduto de gente como Cartola, Xangô, Padeirinho, Preto Rico, Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça, Darcy, Pelado e outros tantos, resistirá sempre. Fazendo sambas de qualidade de "Cântico à Natureza" (Ah, vivo fosse o Alfredo Português, padrasto e parceiro, marcado ritmo nos tamancos e quantas outras belezas como estes versos de antologia:"Desabrocham as flores / nos campos nos jardins / e nos quintais / A Primavera é a estação dos vegetais") e tantos outros que se não chegaram ao triste destino das paradas de sucesso, alcançaram o respeito e a admiração de seus pares nessa corte maravilhosa que é o Reino da Mangueira, do qual só faz parte quem nasce sambista de verdade.
A última vez que nos vimos, foi no seu barraco, lá no "Chalet" da Mangueira. Como você mesmo diz, "- se virar o morro de cabeça para baixo, minha casa é a segunda, à esquerda de quem sobe..." Lá no alto, entre um gole e outro, lembrando coisas (como aquela vez que você pintou meu apartamento de sala-e-quarto, num tempo recorde de...dois meses: para cada pincelada, eram necessários dez sambas no violão verde e três "bem geladas" nos copos), você dizia que um dia as coisas mudariam, uma flor iria se abrir. Você já não mora no Chalet, deixou de pintar paredes para se transformar num quase bem sucedido pintor de telas e a flor ameaça se abrir.
O canteiro é este LP inteiro, feito por quem sabe, para os que sabem ou pretendem saber. Esta é a tua flor, queira Deus que a primeira de todo um jardim. Uma flor importante não só para você, mas também para a música e a cultura popular, feitas por gente que como você tiram da sensibilidade, da inspiração e da arte das quais são íntimos o que não foi possível buscar nos livros.
Acabaram-se raiva e inveja. Maiores que elas, o prazer de estar ouvindo você, enquanto escrevo, a certeza de que a importância do seu trabalho começa a ser reconhecida. E já que daqui de São Paulo, não posso dar o abraço que queria, mando uma certeza: o violão verde que você me deu está aqui na parede, na minha frente, as cordas de aço mudas. Mudas e tristes por não terem sido elas as que acompanhavam sua voz, no LP de estreia. Mas disso a culpa é minha, culpa inteiramente justificada pela certeza de que o presente foi sincero. Como sincero é o desejo do sucesso que eu acredito esteja - finalmente - reservado para você, seu talento e sua esplêndida figura humana.
Um abraço verde-e-rosa do"
Arley Pereira.
O álbum foi também relançado em CD (algumas vezes) na série de memórias da Eldorado. Segue a capa abaixo:
Para saber mais sobre Nelson Sargento, acesse:
Baixe o disco clicando no link ao lado: Sonho de Um Sambista (OBS: Caso não haja visualização da pasta com as faixas, clique em Download e depois em Fazer download mesmo assim)
- http://www.discosdobrasil.com.br/discosdobrasil/consulta/detalhe.php?Id_Disco=DI02245
- http://acervoantigo.blogspot.com/2010/02/nelson-sargento.html
- https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-689172659-nelson-sargento-cd-sonho-de-um-sambista-seminovo-_JM
- https://sambaderaiz.org/albuns/sonho-de-um-sambista-nelson-sargento-1979/
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