Filho de violonista,
Paulinho da Viola cresceu num ambiente musical. Sua infância em Botafogo,
bairro tradicional da zona sul do Rio de Janeiro - onde nasceu em 12 de
novembro de 1942 - foi regada por muita música e histórias.
Naquela época, não havia
muitas opções de brinquedos industriais para as crianças de classe média baixa,
Paulinho e seus amigos tinham que usar a imaginação para se divertir. O jogo de
botão era feito de coco, a bola de futebol era feita de meia e quando a rádio-patrulha
não estava por perto a garotada jogava no meio da rua Pinheiro Guimarães
improvisando um campo, prática impensável nos dias de hoje devido ao grande
movimento de automóveis.
Na
casa onde morava, nessa mesma rua, viviam seus pais, suas avós, seu irmão e sua
madrinha. Uma casa pequena e simples, até hoje de pé, situada numa vila como
tantas outras do bairro.
1970 - Paulinho. Foto: Dinand.
A
história musical de Paulinho começa com seu pai – Benedicto Cesar Ramos de
Faria – violonista integrante desde a primeira formação do lendário grupo de
choro Época de Ouro, considerado o maior grupo de choro da história, ainda em
atividade. Cesar tocava no grupo mais por vocação e prazer do que por
necessidade. Para manter a família, trabalhava como funcionário da Justiça Federal.
Músicos como Cesar, mais do que nunca, estavam liberados de modismos e
exigências do mercado, faziam música por prazer e vocação.
O
jovem Paulinho não perdia as oportunidades de acompanhar o pai e desse modo
presenciou importantes reuniões musicais, algumas em sua própria casa. Nesses
encontros, viu tocar músicos como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Tia Amélia,
Canhoto da Paraíba e muitos outros. Em pouco tempo já tentava os primeiros
acordes no violão do pai.
Ainda
jovem, por diversas vezes, foi por conta própria às reuniões promovidas por
Jacob do Bandolim, o maior virtuose do instrumento no país, lá ficava atento
aos encontros musicais e as histórias do grande mestre. Mesmo com toda essa
experiência, a profissão de músico era algo que Paulinho não imaginava estar no
seu caminho, já que até grandes ícones da música brasileira como o próprio
Jacob não viviam exclusivamente de sua arte.
Além
de manter contato com o mundo do choro, na sua juventude Paulinho frequentava a
casa de sua tia Trindade no bairro de Vila Valqueire, no subúrbio da cidade.
Lá, brincou diversos carnavais, uma experiência marcante para sua formação como
sambista.
As
escolas e os blocos carnavalescos representavam geograficamente cada região da
cidade. Paulinho criou junto com seus amigos o bloco Foliões da Rua Anália Franco, para representar a rua onde morava
sua tia. A escola de samba União de Jacarepaguá, localizada perto dali, estava
crescendo e convidou os jovens foliões para integrar o seu conjunto. Foi o
primeiro contato de Paulinho com uma escola de samba. Logo na quadra desta
escola, Paulinho apresentou um de seus primeiros sambas, chamado “Pode ser
Ilusão”. Ilusão não era, começava sua história como sambista.
Logo
após completar 19 anos, Paulinho consegue seu primeiro emprego numa agência
bancária, no centro do Rio. Lá viveria um encontro que o levaria a um outro universo
e mudaria sua vida.
1964 - Primeira aparição de Paulinho na imprensa. A foto saiu no Diário de Notícias. Ciro Monteiro era o principal personagem e o nome de Paulinho nem saiu na legenda.
Sentado
à sua mesa de trabalho, no início do ano de 1964, Paulinho vê alguém ser
atendido por outro funcionário e nota que já o conhece de algum lugar. Num
impulso incomum para um jovem tão tímido, aproxima-se e puxa assunto. Acabaram
concordando que já se conheciam da casa de Jacob, numa daquelas reuniões de
choro. O poeta Hermínio Bello de Carvalho, então reconhecido, convida Paulinho
para visitá-lo em seu apartamento no Catete. Na casa de Hermínio, Paulinho tem
a oportunidade de ouvir, pela primeira vez, através de gravações, sambas de
compositores como Zé Ketti, Elton Medeiros, Anescar do Salgueiro, Carlos
Cachaça, Cartola e Nelson Cavaquinho. Depois arriscou mostrar alguns dos seus.
Logo surgiram as primeiras parcerias do jovem compositor com o jovem poeta - mais
precisamente duas: Duvide-o-dó, gravada por Isaurinha Garcia anos depois e
regravada recentemente no disco Sinal
Aberto, com Toquinho; a outra, uma valsa chamada Valsa da Solidão, gravada por Elizete Cardoso em um disco produzido
por Hermínio não comercializado.
Dessa
amizade com Hermínio nasce uma longa parceria e também o convite para conhecer
o Zicartola, um restaurante do sambista Cartola e sua mulher, dona Zica, localizado
na tradicional rua da Carioca, onde artistas, jornalistas, intelectuais e
outras pessoas se reuniam para ouvir Cartola, Zé Ketti, Elton Medeiros entre
outros. Neste restaurante, Paulinho começou a se apresentar tocando composições
suas e de outros autores. Um dia, Cartola se aproxima dele e diz: “Paulo, você
está vindo aqui, usando seu tempo para tocar e não está ganhando nada. Tome
aqui um dinheiro pra “passagem”. Era um pagamento, sutilmente colocado por
Cartola. Foi o primeiro pagamento que Paulinho recebeu por sua música, justo
das mãos de Cartola. Pode-se dizer então, que Cartola o profissionalizou.
1973 - Paulinho cumprimentando Cartola, uma de suas principais referências. Foto: Clóvis Scarpino.
Incentivado
por Zé Ketti, Paulinho começou a compor mais e a pensar em mostrar seus sambas
para possíveis intérpretes. Junto com Oscar Bigode, o próprio Zé Ketti, Anescar
do Salgueiro, Nelson Sargento, Elton Medeiros e Jair do Cavaquinho, Paulinho
deixou alguns sambas registrados numa gravadora da época, a Musidisc, com a
esperança de que algum intérprete pudesse gravá-los. Não demorou muito e por
sugestão de Luís Bittencourt, diretor musical da casa, eles formaram o grupo A Voz do Morro, gravando seus sambas no
primeiro disco do grupo, Roda de samba de
1965. Durante a gravação deste disco, um funcionário da gravadora perguntou a
cada um dos integrantes do grupo pelos seus nomes, na sua vez Paulinho
responde: “Paulo César”.E o tal
funcionário: “Isto não é nome de sambista”. Posteriormente, Zé Ketti leva o
fato para Sérgio Cabral que transforma a história em nota publicada num jornal
com a solução do problema. Nascia Paulinho da Viola.
O
sucesso do conjunto A voz do Morro
rendeu mais dois discos. O segundo, Roda
de Samba volume 2, foi lançado no mesmo ano de 1965 e o terceiro, Conjunto A Voz do Morro – Os Sambistas,
foi lançado no ano seguinte.
Ainda
no ano de 1965, Elizete Cardoso, uma das maiores cantoras do país, gravou “Minhas
Madrugadas”, de Paulinho e Candeia, no disco Elizete Sobe o Morro. Paulinho acompanhou a gravação com o seu
jeito típico de tocar violão e Elton Medeiros se encarregou de usar sua famosa
caixa-de-fósforos. O jeito de Paulinho tocar naquela gravação é característico de
um momento do jovem sambista. Influenciado pelo jeito de seu pai tocar nos
regionais e também pelo ritmo empregado por sambistas como Nelson Cavaquinho,
surge uma “batida” única que ele mesmo não usa mais.
1960/70 - Gravando para a Odeon.
No
final do ano de 1964, Paulinho ainda frequentava a União de Jacarepaguá. Oscar
Bigode, diretor de bateria da Portela a quem Paulinho considerava como primo, faz
uma visita à escola. Acompanhado por outros integrantes da Portela, Oscar então
convida Paulinho para conhecer a famosa agremiação de Oswaldo Cruz. No domingo
seguinte, lá estava Paulinho na ala dos compositores da Portela, apresentando a
primeira parte de um samba. Sob os olhos de Monarco, Candeia, Casquinha,
Ventura e muitos outros, Paulinho canta sua composição. Casquinha, logo em
seguida, acrescenta uma segunda parte e nasce o samba “Recado”, o primeiro de
Paulinho na Portela, gravado pela primeira vez pelo conjunto A voz do Morro em seu segundo disco.
1969 - Paulinho, Nelson Sargento, Anescarzinho, Jair do Cavaquinho e Elton Medeiros em Rosa de Ouro.
Paulinho
foi logo incorporado à ala dos compositores da Portela. Em 1965, desfilou pela
escola e em 1966 apresentou na quadra, para o carnaval, o samba “Memórias de Um
Sargento de Milícias”. A música foi escolhida para ser o samba enredo da
Portela naquele ano. A escola foi campeã do carnaval e o samba de Paulinho
recebeu dos jurados a nota máxima. Foi gravado por Martinho da Vila no ano de
1971.
Paulinho
já estava integrado à sua escola. Até hoje é reconhecido como um dos grandes
nomes da história da Portela.
Hermínio
Bello de Carvalho escreveu e Kleber Santos dirigiu e produziu o musical Rosa de Ouro no ano de 1965. O
espetáculo revelou Clementina de Jesus, com 63 anos, e trouxe de volta ao palco
a figura lendária de Aracy Cortes, as duas acompanhadas por Elton Medeiros,
Jair do Cavaquinho, Nelson Sargento, Nescarzinho do Salgueiro e o próprio
Paulinho. O Rosa de Ouro rendeu dois
discos. O primeiro, Rosa de Ouro,
lançado pela Odeon no mesmo ano e o segundo, Rosa de Ouro número 2, em 1967. O musical fez grande sucesso em
diversas cidades no país e no exterior.
1965 - Paulinho, Elton Medeiros e Clementina de Jesus em Rosa de Ouro.
As parceiras de Paulinho continuaram,
e em 1966 é chamado para gravar ao lado de Elton Medeiros o disco Na Madrugada. Lançado pela gravadora
RGE, Na Madrugada traz sucessos
como: 14 Anos, Minhas Madrugadas, Recado, Jurar com
Lágrimas, Rosa de Ouro e O Sol Nascerá, esta última de Elton
Medeiros e Cartola. Ainda em 1966, Paulinho participa
do festival de música brasileira da TV Record com Canção para Maria, em parceira com Capinam, e fica em
terceiro lugar.
Em
1968, Hermínio Bello de Carvalho resolveu fazer uma surpresa a Paulinho
e inscreveu a música “Sei Lá Mangueira” na terceira edição do histórico
festival de música da TV Record. A letra de Hermínio, musicada por Paulinho,
exaltava a Mangueira, escola de samba rival à Portela. O fato
causou preocupação em Paulinho que não queria projetar a música temendo
uma reação negativa dos portelenses, mas isso é um caso diferente. O samba foi
interpretado por Elza Soares e Paulinho passou a ser olhado com
certa desconfiança na Portela, mas o compositor diz que nunca foi
questionado por isso. A experiência do festival deixou uma dívida para Paulinho
que buscava inspiração para compor uma música em homenagem à sua escola.
O
primeiro disco solo aconteceu em 1968. Paulinho já tinha alguma projeção
devido a sua participação no espetáculo e no disco Rosa de Ouro, no disco Na
Madrugada, por suas músicas gravadas por Elizete Cardoso e Elza
Soares, e também pelo festival de música de 1966. A intenção do diretor
musical da Odeon, Milton Miranda, era contratar Paulinho
para ser cantor, e não necessariamente compositor, por isso que em seu primeiro
disco solo, que leva o seu nome, Paulinho canta poucas músicas suas. O período
em que gravou na Odeon foi um dos mais férteis de sua carreira. Teve início em
1968 e terminou em 1980. Foram gravados nesta fase 11 discos.
Ainda
em 1968, Paulinho inscreve “Coisas do Mundo, Minha Nega” na I Bienal do
Samba da TV Record. A música, que ficou em sexto lugar e foi defendida por Jair
Rodrigues, é seu samba preferido.
1973/76 - Paulinho em foto de divulgação. Foto: Wilton Montenegro.
No
ano de 1969, Paulinho venceu o último festival da TV Record com “Sinal
Fechado”. Tirou também, no mês de maio, o primeiro lugar na Feira Mensal de
MPB da TV Tupi com o samba “Nada de Novo” ao lado de “Que Maravilha”
de Toquinho e Jorge Ben. Meses depois, nessa mesma feira, lança o
seu maior sucesso até hoje, “Foi um Rio Que Passou em Minha Vida”, logo
gravado num compacto com mais três músicas suas: Sinal Fechado, Ruas
que sonhei e Nada de Novo.
“Foi
um Rio que Passou em minha vida” tornou-se o maior sucesso do ano de 1970.
Estourou em todo o país e projetou Paulinho nacionalmente. Finalmente
foi a resposta que a Portela esperava pelo samba “Sei Lá Mangueira”,
lançado anos antes. A resposta de Paulinho veio em forma de sucesso
nacional e tornou-se um hino de exaltação á sua escola de coração. Esta é a
música mais lembrada de toda a carreira do compositor e no ano de 2000 foi
considerada uma das 30 mais importantes músicas brasileiras da história pela
maior rede de televisão do país, a Rede Globo.
Em
toda a década de 70, Paulinho gravou em quase todos os anos. Em dois
momentos, chegou a lançar dois discos num mesmo ano. Nesse período, criou
espetáculos como Sarau, Vela no Breu e Zumbido. Todos com
grande sucesso de público e crítica. Em
1981, já como músico consagrado, Paulinho lança seu primeiro disco na gravadora
Warner, um ano depois lança A
Toda Hora Rola uma História e em 1983 o seu último disco nesta gravadora,
Prisma Luminoso, um dos
preferidos do autor.
1983 - Ensaio fotográfico para a divulgação do disco Prisma Luminoso
Depois do lançamento deste
disco, Paulinho não se sentiu mais motivado para acompanhar as projeções
das gravadoras e se “ajustar” as novas tendências.Era impossível fazer samba através de
modismos, assim como seu pai nunca havia feito música para atender ao mercado.
As gravadoras passaram a investir pesado no chamado Rock Brasileiro, que
ganhava força. Mesmo assim em 1984, por força do público, surge uma nova
geração de sambistas, fazendo um samba que ficou conhecido como pagode.
Aparecem artistas como Zeca Pagodinho, Jovelina Pérola Negra, Almir
Guineto entre outros.
Paulinho não parou, apenas reduziu o ritmo e passou a fazer discos
ainda mais apurados. Em 1989, lança Eu
Canto Samba, um disco que nasceu clássico e teve excelente aceitação de
público e crítica. Paulinho recebeu pelo disco quatro troféus do prêmio Sharp
daquele ano.
Nos anos 90, ocorreu um
fenômeno interessante: Paulinho passou a ser considerado tão sofisticado
que apesar de fazer o mais puro samba era visto como um músico muito especial
para a grande massa. Afastou-se, desse modo, um pouco de seu público original,
não por vontade própria, mas devido a uma imagem difundida na mídia. Em 1996,
volta aos estúdios e grava aquele que foi considerado um dos mais importantes
discos de sua carreira, Bebadosamba.
Este disco foi recordista do prêmio Sharp de 1997, o maior evento do
gênero na música brasileira nos anos 90. Paulinho é um dos recordistas
do prêmio com nove troféus tendo participado com apenas dois discos.
Em 1997, Paulinho
montou, com enorme sucesso, o espetáculo Bebadosamba, e lançou mais dois
discos gravados ao vivo: Bebadachamade 1997, e Sinal Aberto de 1999, em parceria com Toquinho. Uma de
suas mais recentes apresentações internacionais foi em Paris, num festival em
homenagem aos 500 anos do Brasil, onde se estimou que o seu dia foi a maior lotação
do espaço La Villete até então no ano de 2000 (4.700 pagantes).
2001 - Gravação do documentário “Meu Tempo é hoje”. Paulinho acompanhado pela Velha Guarda da Portela.
A qualquer
momento este artista de quase 40 anos de carreira pode aparecer com um novo
trabalho, reafirmando sua importância na música e na história da cultura
brasileira. Há sempre a necessidade de fazer mais. Muitos críticos definem a
obra de Paulinho da Viola como uma ponte entre a tradição e a
modernidade. Como ele mesmo diz: “Não vivo no passado, o passado vive em mim”,
e com ele recria sua música sem olhar pra trás.
Texto extraído do site oficial de Paulinho da Viola. Discografia
2001 - A Música Brasileira Deste Século Por Seus Autores e Intérpretes - Paulinho Da Viola e os Quatro Crioulos
Vamos lá, após conhecer um pouco sobre o Mestre Paulinho, vou deixar alguns videos de entrevistas para vocês !
1) Entrevista do canal Alta Fidelidade, onde Paulinho conta um pouco sobe o início de sua carreira
2) Programa Roberto D'Ávila, Globo News
3) Entrevista com Elisia Munerato
Parte 1
Parte 2
4) Paulinho contando sobre sua paletada. (Não consegui identificar a origem do vídeo)
5) Entrevista com Ancelmo Gois (Para mim, a melhor entrevista
6) Programa Samba na Gamboa
7) Programa Ensaio: Paulinho da Viola e os 4 Criolos
8) Programa Recordar é TV (TV Brasil)
Agora alguns videos de documentários com a participação dele:
1) Documentário Enredos
2) Documentário Saravah (No elenco tem Maria Bethânia, Pixinguinha, Baden Powell...)
3) Trecho de um documentário exibindo a casa da Tia Doca
Pra finalizar, algumas gravações e músicas que ficam para a história:
1) Coração de Ouro(Elton Medeiros e Joacir Santana) - Cantado por Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Monarco e Jair do Cavaquinho
2) Maré Mansa(Martinho da Vila e Paulinho da Viola) - Cantado por Martinho da Vila e Paulinho da Viola
3) Devagar Miudinho(Música de Domínio Público, adaptada por Bucy Moreira e Raúl Marques) - Cantado por Paulinho da Viola, acompanhado pela Velha Guarda da Portela
4) Ainda Mais(Eduardo Gudin e Paulinho da Viola) - Cantado por Paulinho da Viola
5) Paulinho da Viola e Gilberto Gil em:
Pagode do Vavá(Paulinho da Viola)
Aquele Abraço(Gilberto Gil)
Samba da Minha Terra(Dorival Caymmi)
Dança da Solidão (Paulinho da Viola)
Felicidade vem Depois(Gilberto Gil)
6) Recomeçar (Elton Medeiro e Paulinho da Viola) - Cantado por Elton Medeiro e Paulinho da Viola
7) Palavra (Mauro Duarte) - Cantado por Elton Medeiros, Mauro Duarte e Paulinho da Viola
8) Sinal Fechado(Paulinho da Viola) - Cantado por Paulinho da Viola no festival da música brasileira de 1969.
Lamento muito não poder compartilhar os ótimos documentários "O Mistério do Samba" e "Meu mundo é Hoje", pois não estarem mais disponíveis na internet.
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